As mortes violentas e as políticas de controle na Tríplice Fronteira

Autores

  • Sandra Cristiana Kleinschmitt

DOI:

https://doi.org/10.48075/rtc.v23i46.16128

Palavras-chave:

Mortes violentas, políticas de controle, Tríplice Fronteira, Estudo comparativo.

Resumo

 O presente artigo tem por objetivo discutir a variação das taxas de mortes violentas e as políticas de controle na Tríplice Fronteira. O estudo traça um comparativo entre os três lados fronteiriços. No lado brasileiro foram implementadas três políticas de controle com perfis distintos, a partir da década de 1990: duas são políticas de urbanização e uma de operações policiais. A primeira política foi o projeto “Beira-Rio”, que promoveu a remoção das favelas que estavam nas barrancas do rio Paraná. Uma das consequências dessa política foi o aumento das taxas de letalidades em Foz do Iguaçu, especificamente entre os anos 1998 e 2006. A segunda política adotada no lado brasileiro foi a intensificação das forças de segurança para coibir o “circuito sacoleiro”. O resultado imediato dessa política foi o desencadeamento de uma série de mudanças nas práticas ilícitas, que se difundiram para toda a região. Como consequência, as taxas de letalidades de Foz do Iguaçu caíram a partir do ano de 2006, mas aumentaram nos municípios vizinhos. A terceira política de controle está em desenvolvimento e diz respeito ao projeto “Beira Foz”, que ganhou apoio da Itaipu Binacional e dos governos estadual e federal. No lado argentino e no lado paraguaio, as políticas de urbanização não influenciaram no comportamento das letalidades em seus respectivos lados.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

KLEINSCHMITT, S. C. As mortes violentas e as políticas de controle na Tríplice Fronteira. Tempo da Ciência, [S. l.], v. 23, n. 46, p. 40–59, 2000. DOI: 10.48075/rtc.v23i46.16128. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/tempodaciencia/article/view/16128. Acesso em: 4 out. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ FRONTEIRAS