A fenomenologia husserliana e a ruptura com a tese da atitude natural
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtc.v13i26.1546Palabras clave:
epoché, atitude natural, presença, atitude transcendental, intencionalidadeResumen
Num olhar desatento, a epoché fenomenológica de Husserl se apresenta como uma decisão “ anti-natural”, afinal, assumir a atitude transcendental da redução supostamente implicaria abandonar algo inerente ao nosso modo intrínseco de compreender mundo. Caso se aceite isto, então é inevitável questionar a legitimidade dessa proposta metodológica. Todavia, é a partir da própria atitude natural que se origina a necessidade de uma orientação distinta, não em relação ao modo como nos relacionamos com as coisas, com o mundo, mas em relação ao modo que o concebemos teoricamente. A epoché revela que é na ingenuidade de uma tese assumida dogmaticamente que o homem toma distância de sua forma imediata de inserção no mundo. Em “Ideen I” Husserl dispensa um esforço considerável em explicar o que se entende por “ atitude natural” e, justamente nessa tentativa, demonstra-se inevitável falar a respeito da intencionalidade da consciência, assim, ela aparece antes mesmo de uma elaboração explícita da redução, fazendo notar que é a tese da atitude natural que ofusca sua evidência. Desnorteada em seu objetivismo, ela impõe a si mesma a criação de códigos, de pontes de encontro com o mundo que o sujeito, fechado em sua imanência, não pode alcançar.Descargas
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