Intolerância religiosa: um estudo sobre as divergências das concepções da legitimidade da doutrina do Santo Daime
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtc.v28i55.28023Palavras-chave:
Alucinógeno, Amazônia, Daime, Mestre Irineu, Padrinho Sebastião.Resumo
O artigo propõe estudar, analisar e discutir as intolerâncias enfrentadas pela religião do Santo Daime, desde sua fundação, em 1930, pelo maranhense Raimundo Irineu Serra, até o seu desenvolvimento atual. É uma religião genuinamente brasileira, de tradição oral, que teve seu início a partir da ressignifação ritualística da Ayahuasca, rebatizada como Daime, pelo seu fundador. A construção e a sedimentação da religião daimista ocorrem de forma gradativa, até o falecimento do Mestre Irineu. Logo após o seu falecimento, houve uma dissidência interna de opiniões sobre a doutrina, quanto à legitimidade de suas práticas rituais e costumes, o que resultou no surgimento de duas vertentes daimistas, que geraram as tensões e a intolerância interna. A religião daimista usa, em seus rituais, a Ayahuasca (Daime), um chá de origem xamânica, de uso milenar. Fora da igreja daimista, o Daime é considerado uma droga com propriedades alucinógenas, o que gera bastante polêmica e motiva inúmeras intolerâncias no país e no exterior. Apesar disso, o Santo Daime conseguiu uma expansão nacional e internacional. O texto procurou apontar para os avanços, a necessidade da compreensão e a percepção de uma boa convivência com a pluralidade religiosa. Buscou, também, viabilizar o diálogo inter-religioso e, consequentemente, fortalecer o “direito sagrado de divergir”. A metodologia empregada na construção deste artigo foi baseada em pesquisas bibliográficas de livros, artigos, dissertações e teses de autores conceituados e sítios oficiais das vertentes da religião daimista.
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