POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E CAMPANHAS DE PREVENÇÃO À AIDS: RESGATANDO ALGUMAS CONTROVÉRSIAS ENFRENTADAS NAS DÉCADAS DE 1980 E 1990.
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtc.v18i35.9003Palabras clave:
Políticas Públicas, AIDS, Saúde, Campanhas de Prevenção.Resumen
O presente estudo aborda como durante a década de 1980 e 1990 os incômodose controvérsias gerados na constatação da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)como doença e os conflitos entre os grupos profissionais responsáveis – médicos epublicitários - pela produção de saber, tratamento e divulgação da patologia, resultam emcampanhas que apresentam como marca enunciativa central elementos discursivos,simultâneos, de reconhecimento e interdição das práticas sexuais. Diante de tal dinâmica, ascampanhas de combate a AIDS assumem um caráter predominantemente informativo sobreo uso da camisinha. A idéia de prevenção é atenuada pela polissemia de mensagens eimagens e por uma apresentação padronizada do preservativo. Tal proposta resulta natransmissão de anúncios ambíguos, contraditórios e reducionistas, direcionados,prioritariamente, para o público heterossexual masculino, consolidando e questionando, aomesmo tempo, os comportamentos tradicionais de gênero e quase não se pronunciandosobre o público homossexual e bissexual. Esse direcionamento condiz com a lógica doimaginário social tradicional e compromete a própria divisão clássica, e ainda contemporânea,da Medicina sobre as orientações sexuais – hétero, homo e bissexual, reafirmando, claramente,antigos preconceitos. Diante deste quadro, as campanhas da AIDS transmitem uma informaçãoque exime o receptor, tanto de pensar a AIDS como uma doença epidêmica e grave, como dese prevenir contra ela.Descargas
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