Práticas de apropriação e ordenamento espacial dos ilhéus da parte baixa do Parque Nacional de Ilha Grande
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtc.v25i50.21198Palavras-chave:
Território, apropriação, desterritorialização, reterritorializaçãoResumo
O estudo proposto quer entender as práticas de apropriação ilhéu no território do Parque Nacional de Ilha Grande (PNIG). Com a formação do Estado moderno, a montagem e as formas de uso do espaço passam a ser gestadas e impostas pelos tecnocratas urbanistas, manifestando a verticalização do uso do poder pelo Estado/capital. No entanto, por mais que o Estado projete sobre as ilhas as suas formas valorativas, impostas e planificadoras pela superestrutura que detêm, na demarcação de um território geopolítico, surge, por outro lado, outra forma de apropriação do espaço, construída por um sujeito, muitas vezes, excluído, à margem do ordenamento social, que precisa de alguma forma reproduzir sua vida dentro do modo de produção capitalista. Portanto, o ilhéu se apropria das ilhas, dos espaços concebidos, de modo a criar um mundo diferencial, o mundo do possível pelas combinações e objetivações feitas no local. Com isso, pela apropriação, os ilhéus criam um outro território, um território forjado pelo vivido que se choca com o território jurídico do parque. Podemos dizer que as contradições entre apropriação ilhéu, das ilhas do território do PNIG, além de mostrar como se dá a organização social naquele local, revela as contradições nas formulações do espaço pelo Estado. Por mais que Estado force a desterritorialização da vida social nas ilhas, o ilhéu, pelos arranjos que fazem no território forjado pela apropriação, reterritorializa pelo direito consuetudinário e historicidade construída no local.
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