A publicidade como construção da memória do futuro: “Pelo direito à indiferença”

Autores

  • Alexandre Sebastião Ferrari Soares

DOI:

https://doi.org/10.48075/rt.v4i7.2355

Palavras-chave:

discurso, sentido, memória

Resumo

A memória discursiva é trabalhada pela noção de Interdiscurso: “algo fala antes, em outro lugar e independentemente”. A partir de um anúncio publicitário da Associação Internacional de Lésbicas e Gays (ILGA) de Portugal (“Pelo direito à indiferença”) como forma de escapar dos gestos interpretativos já marcados por um interdiscurso (memória do dizer), analiso a construção do discurso das minorias sexuais em confronto com o discurso hegemônico sobre a sexualidade. Se não há réplicas ou polêmicas, os sentidos da formação discursiva política dominante se instalam e se disseminam com maior facilidade.Não é perceptível para o sujeito (envolvido historicamente) a produção de sentidos que se processa de um trabalho no plano da língua (seja no plano das operações sintáticas descritas, seja pelo conjunto da memória mobilizada lexicalmente). O sujeito da análise do discurso de orientação francesa (AD) não é o sujeito empírico, mas a posição sujeito projetada no discurso. E isso se dá no jogo das chamadas formações imaginárias que presidem todo dizer: a imagem que o sujeito faz dele mesmo, a imagem que ele faz de seu interlocutor, a imagem que ele faz do objeto do discurso. Assim como também tem a imagem que o interlocutor tem de si mesmo, de quem lhe fala, e do objeto do discurso.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

SOARES, A. S. F. A publicidade como construção da memória do futuro: “Pelo direito à indiferença”. Trama, Marechal Cândido Rondon, v. 4, n. 7, p. 33–43, 2000. DOI: 10.48075/rt.v4i7.2355. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/trama/article/view/2355. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos