O (DES)ENTERRO DOS MORTOS: A JORNADA DO CADÁVER NAS NARRATIVAS DE FAULKNER
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v10i19.7803Palavras-chave:
Faulkner, cadáver, jornadaResumo
A partir dos contos “Red Leaves” e “A rose for Emily” e do romance As I lay dying, datados de 1930, este artigo se propõe a investigar a questão do (des)enterro dos mortos na obra de William Faulkner. Em poucas palavras, apesar da morte física do corpo, os textos mencionados insistem numa jornada do cadáver que, ao assinalar a sua desconfortável presença, seja por meio do odor que emite ou de sua inevitável decomposição, sugere um impasse que não pode ser simplesmente suprimido, enterrado. Há em Faulkner, pois, um convívio prolongado com o corpo morto que indica, senão a incompletude do ciclo de vida e morte, ao menos certo descompasso temporal.
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