REPRESENTAÇÕES ESPE(TA)CULARES: BIOESCRITURA E BIOPOLÍTICA EM WILLIAM YEATS

Autores

  • Raimundo Expedito dos Santos Sousa

Resumo

As escritas de si – que denomino bioescrituras – revelam sobre a constituição performativa do gênero (gender), na medida em que o autor, ao se construir biograficamente, constrói-se como um sujeito generizado (gendered), em negociação com os ditames da biopolítica. Nessa perspectiva, este trabalho investiga, a partir de registros bioescriturais de William Butler Yeats, como a tensão dilemática do escritor entre a heteronormatividade e a homocultura marcou sua formação pessoal e literária. Apesar de sua obstinação por estabilidade identitária, Yeats desconstrói a noção mesma de identidade e, não obstante seu esforço em ratificar sua heterossexualidade, acaba por desorientar a orientação sexual, uma vez que desmantela oposições binárias supostamente estáveis entre masculinidade e feminilidade, hetero e homossexualidade, pelo trânsito entre pólos que a cultura pressupõe como ontologicamente opostos.

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Publicado

31-12-2015

Como Citar

SOUSA, R. E. dos S. REPRESENTAÇÕES ESPE(TA)CULARES: BIOESCRITURA E BIOPOLÍTICA EM WILLIAM YEATS. Travessias, Cascavel, v. 9, n. 3, p. e13178, 2015. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/13178. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

LITERÁRIA