Diálogos possíveis: masculinidades subvertidas em Caio Fernando Abreu e Mia Couto

Autores

Agências de fomento

Palavras-chave:

Caio Fernando Abreu, Mia Couto, Masculinidades, Alteridade.

Resumo

A literatura desenha, sobre muitas linhas, traços das masculinidades que subvertem o lugar comum e abrem diálogos entre vozes dissonantes. Este trabalho pretende refletir e apresentar algumas possibilidades alegóricas trazidas por dois distintos escritores de países e contextos diferentes: Caio Fernando Abreu (Brasil) e Mia Couto (Moçambique). Pergunta-se como um homem se constrói enquanto sujeito e como é pensado dentro dos processos de alteridade? Traçando novos caminhos que sejam capazes de refazer e desfazer metáforas a fim de suplantar as questões levantadas por este estudo que busca, na força simbólica de cada um dos textos, ressignificar as alteridades, as masculinidades em trânsito e lançar um novo olhar em direção aos sujeitos "masculinos" e suas particularidades. Serão vislumbrados aqui conceitos sobre gênero, papéis atribuídos e atribuíveis aos homens no espaço das narrativas, a ausência (também presença) do feminino que suscita uma busca pela ‘feminilidade’ adormecida como uma maneira de equilibrar o humano em face do outro: o desconhecido. Os arquétipos utilizados serão extraídos de contos das obras Cada homem é uma raça (2013) de Mia Couto e Morangos mofados (2009) de Caio Fernando Abreu.

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Biografia do Autor

Adriane Figueira Batista, Universidade de São Paulo

Mestra em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa - FFLCH - USP

Referências

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COUTO, Mia. Cada homem é uma raça. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

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Publicado

11-12-2018

Como Citar

BATISTA, A. F. Diálogos possíveis: masculinidades subvertidas em Caio Fernando Abreu e Mia Couto. Travessias, Cascavel, v. 12, n. 3, p. e20899, 2018. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/20899. Acesso em: 7 maio. 2025.

Edição

Seção

[DT] GÊNERO: REVISITANDO TEORIAS, MOVIMENTANDO ANÁLISES