Teatro virtual em tempos pandêmicos

um olhar sobre o futuro do espectador

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/rt.v16i3.30085

Palavras-chave:

Teatro, Pandemia, Virtual, espectador

Resumo

Este trabalho busca traçar as características do que seria a nova linguagem artística do teatro dentro do ambiente virtual, considerando as limitações técnicas deste espaço e de que maneiras essa linguagem artística se diferencia das obras audiovisuais e do próprio teatro presencial. A metodologia consiste na observação de duas propostas de encenações de peças que eram realizadas presencialmente antes da pandemia de COVID-19 e que foram adaptadas para a internet de diferentes formas entre 2020 e 2021. As análises destes espetáculos se juntam a fala de pesquisadores e artistas que discorrem sobre o movimento do teatro na internet, tanto do período pré-pandêmico quanto falas que acontecem durante esse momento. A partir disso, aprofunda-se a análise sobre a figura do ciberespectador e qual o seu papel nesta nova linguagem cênica. Levando em consideração esses elementos, a pesquisa procura por caminhos possíveis para o desenvolvimento posterior desta linguagem, considerando-a como uma forma válida de expressão cênica e permitindo-se vislumbrar as oportunidades de criação e divulgação que se abrem pelo ciberespaço.

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Biografia do Autor

Pedro Henrique Dettoni da Silva, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Pedro H. Dettoni é graduado em Licenciatura em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2021). Ator, diretor, dublador e professor, já se apresentou com espetáculos teatrais em diferentes regiões do Brasil, em festivais como o Velha Joana (Primavera do Leste/MT), o FRINGE (Curitiba/PR), o FITUB (Blumenau/SC) e o Isnard Azevedo (Florianópolis/SC), além de uma turnê de apresentações do espetáculo ?Coro dos Maus Alunos? por diferentes cidades do oeste catarinense, por meio do Circuito SESC-UDESC. Também já dirigiu dois espetáculos, o solo ?Matéria Escura?, de 2017, e o ?Cor de Temporal?, de 2019, tendo também sido assistente de direção do espetáculo ?A Austeridade do Pingo no I?, desenvolvido com o Grupo Boca de Siri, o grupo de teatro comunitário mais antigo de Santa Catarina a se manter em funcionamento constante. Como dublador, já realizou cursos e workshops com nomes como Herbert Richers Jr. e Igor Lima, além de já ter trabalhado com empresas como a Sanrio. Os focos de pesquisa de Pedro são a preparação da voz para atores e atrizes e o uso das novas mídias e tecnologias nas artes cênicas.

Ivan Delmanto Franklin de Matos, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Ivan Delmanto é diretor teatral, dramaturgo e educador. Bacharel em direção teatral pela ECA - USP é também mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada na FFLCH?USP. É doutor no Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP, na área de Teoria Teatral, onde desenvolveu projeto de pesquisa sobre a formação do teatro brasileiro, sob orientação da Profa. Dra. Maria Silvia Betti. Na mesma instituição, realizou duas pesquisas de pós-doutorado, com apoio de bolsa CAPES, obtendo comprovações de pós-doutoramento em 2018 e, pela segunda vez, em 2019. Como dramaturgista e assistente de direção, trabalhou no projeto de pesquisa e no espetáculo BR-3 do Teatro da Vertigem. Durante este projeto, no ano de 2004, escreveu a série "Diario da Expedição", composta por 30 artigos publicados na Folha Online, no Correio Brasiliense e na Revista Ocas, todos narrando a viagem de pesquisa empreendida pelo Teatro da Vertigem pelo interior do Brasil. Trabalhou de 2004 a 2013 no Programa Vocacional, tendo sido Artista Orientador, Coordenador do Núcleo de Direção, Coordenador Pedagógico do Teatro Vocacional, Coordenador do Núcleo Interlinguagens e Coordenador Pedagógico Geral do Programa. Durante o ano de 2011, atuou como coordenador pedagógico do Vocacional Núcleo Artístico Interlinguagens, onde coordenou processos de fomação artística baseados em um conceito ampliado de performance. Em 2012 atuou novamente como coordenador pedagógico geral do Programa Vocacional, junto aos projetos de artes visuais, dança, encenação, música e teatro. Desde a fundação da Escola, em 2010 até 2012, trabalhou como formador de direção teatral na SP Escola de Teatro: Centro de Formação das Artes do Palco. De 2014 a 2017, foi orientador Artístico do Projeto Espetáculo, sediado nas Fábricas de Cultura do Governo do Estado de São Paulo, projeto pedagógico de criação teatral colaborativa com participação de jovens de bairros periféricos de São Paulo. De 2003 a 2017, foi diretor e dramaturgo da II Trupe de Choque, grupo em que dirigiu e escreveu os espetáculos Coriolanos, Miopia, Corpos Acumulados?experiência 1, Corpos Acumulados?experiência 2, Corpos Acumulados?experiência 3 , Corpos Acumulados?experiência 4, Detritos em ensaio: Material Tebas/ Eldorados 11 de setembro, Material Ciborgue/ Eldorados 11 de setembro, Planeta Favela/11/09/4012, Grande Sertão Grajaú: Vereda Riobaldo e Grande Sertão Grajaú: Vereda Diadorim. A partir de 2018, trabalha como encenador e dramaturgo da Companhia Crítica, em projeto de pesquisa nos viadutos do bairro do Glicério, em São Paulo, com sede na E. E. António Firmino. Em 2018 foi professor substituto de História do Teatro Brasileiro e de História do Teatro no Instituto de Artes da UNESP-SP. Desde 2019 é professor efetivo de Teoria Teatral no Curso de Teatro da UDESC, Universidade do Estado de Santa Catarina, no Centro de Artes da UDESC. Na mesma universidade, coordena o Prgrama de Extensão "Laboratório Vivo do teatro catarinense"e o o grupo de pesquisa LAPLEB (Laboratório de Performatividades e Leituras do Brasil).

Referências

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Publicado

19-12-2022

Como Citar

SILVA, P. H. D. da; MATOS, I. D. F. de. Teatro virtual em tempos pandêmicos: um olhar sobre o futuro do espectador. Travessias, Cascavel, v. 16, n. 3, p. e30085, 2022. DOI: 10.48075/rt.v16i3.30085. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/30085. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

[DT] ARTES, PERFORMANCES E INTERARTES NA CENA DO CONTEMPORÂNEO LATINO-AMERICANO