Performance antropofágica Macunaíma-Makunaimã

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/rt.v16i3.30086

Palavras-chave:

Decolonização, Performance, Dramaturgia, Macunaíma-Makunaímã

Resumo

Este trabalho visa analisar o processo criativo da dramaturgia da Performance Antropofágica Macunaíma-Makunaimã realizada em junho de 2022 pelo Coletivo Digressão Cênica da Pós-graduação em Letras da UNIOESTE. A criação, proposta na Disciplina Tópicos em Literatura e Dramaturgia, partiu do estudo da obra dramática de autoria coletiva, Makunaimã – o mito através do tempo, publicada em 2019, em diálogo com a narrativa Macunaíma, de Mário de Andrade de 1928. Além de trazer a contribuição de Catherine Walsh com a interculturalidade crítica, um dos andaimes para a decolonização, na análise dos textos, serão utilizados os pressupostos teóricos sobre performance de Renato Cohen e os conceitos de arquivo e repertório de Diana Taylor.

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Biografia do Autor

Ana Carolina Teixeira Pinto, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Professora de Literatura Hispânica da Universidade Federal da Fronteira Sul desde 2011. Doutora em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina com a tese "História Secreta de Dejemos hablar al viento de Juan Carlos Onetti". Mestre em Literatura e Graduação em Letras Espanhol pela mesma instituição. Membro do Grupo de Pesquisa Trânsitos Literários e do Grupo de Pesquisa Ensino de Língua e Literatura da UFFS. Coordenadora do Projeto de Cultura Grupo de teatro La broma desde 2011. Atualmente é pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Letras da Unioeste (PPGL/Unioeste).

Alai Garcia Diniz, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)

Possui graduação em Letras Português e Espanhol Licenciatura pela Universidade de São Paulo (1973), Mestrado (1992) e Doutorado(1997) em Língua Espanhola e Lit. Espanhola e Hispano-Americana pela Universidade de São Paulo. Com dezoito meses de pesquisa na Yale University sobre o tema do Doutorado (1995/1996). Desde 2016 atua como professora Visitante Sênior no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Letras da UNIOESTE- campus Cascavel, instituição em que abriga artigos em suas revistas; a convivência com estudantes e orientandos e pesquisadores com quem organizou livros em conjunto entre 2016 a 2019, bem como articulações interfronteiriças que ampliaram redes e intercâmbios, tanto pela América do Sul, como para a Península Ibérica. Até 2015 atuou como Professor Visitante Sênior (CAPES) na Universidade Federal da Integração Latino-Americana e foi docente Permanente do Mestrado Interdisciplinar em Estudos Latino-Americanos (IELA/UNILA) que ajudou a criar em 2014. Docente no Programa de Pós Graduação em Literatura da UFSC (1998 a 2017) e também no Programa de Estudos da Tradução até 2015 com orientandos até 2019. Aposentou-se pela UFSC, após vinte e seis anos de trabalho. Pesquisa a obra de Roa Bastos e temas como Poéticas Transterradas; Ameríndias; Tradução intercultural, Imaginários Bélicos; Oralidades, performance, Cultura Guarani e arquivos transfronteiriços e literatura periférica: Sarau. Fundadora da ABH (2000) fez parte da Diretoria da Associação Brasileira de Hispanistas (2014-2016). Pertenceu à Comissão Editorial da SURES/ UNILA que ajudou a criar durante o período em que esteve na UNILA e pertenceu ao Conselho Editorial da Revista ABEHACHE, Anuário de Estudos Hispânicos e colabora em alguns outros periódicos como parecerista ad hoc. Com o filme "Guataha" (2015) envereda pela área do audiovisual, criando o argumento e dividindo o roteiro com Clarissa Knoll, realizadora do documentário. Pertence à Red de Investigadores em Literatura Comparada (Universidad de Los Andes, Mérida, Venezuela). Fundadora do NELOOL - Núcleo de Estudos de Literatura, Oralidades e Outras Linguagens, criando o evento Roa Bastos, itinerante e que até hoje goza de projeção internacional na área de Estudos Latino-Americanos. Decorrentes dos eventos, há anais que podem ser acessados no site www.nelool.ufsc.br e se não encontrarem foi devido ao fato de que se produziram obras impressas. Atualmente sigo como Profa. Visitante na PPG Stricto Sensu em Letras da UNIOESTE, campus de Cascavel e no NELOOL pretendemos programar o X Congresso Internacional Roa Bastos (virtual), caso consigamos financiamento para isso.

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Publicado

19-12-2022

Como Citar

PINTO, A. C. T.; DINIZ, A. G. Performance antropofágica Macunaíma-Makunaimã. Travessias, Cascavel, v. 16, n. 3, p. e30086, 2022. DOI: 10.48075/rt.v16i3.30086. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/30086. Acesso em: 30 abr. 2024.

Edição

Seção

[DT] ARTES, PERFORMANCES E INTERARTES NA CENA DO CONTEMPORÂNEO LATINO-AMERICANO