CINEMA E LINGUAGEM: O CINEMA POÉTICO EM “O ZERO NÃO É VAZIO”, DE

Autores

  • Marco Aurélio Morel

Palavras-chave:

Documentário, Poesia, Linguagem cinematográfica.

Resumo

Este estudo tem por objetivo demonstrar, a partir do documentário “O zero não évazio”, de Marcelo Masagão e Andréa Menezes, como é possível trabalhar a linguagem

cinematográfica utilizando-se de elementos próprios, isto é, como o cinema permite que se

constitua uma linguagem poética explorando seu potencial de imagens, movimentos, sons e

personagens. Segundo os diretores desse documentário, o projeto inicial tinha como escopo

demonstrar a escrita de pessoas com distúrbios psiquiátricos, conferindo um estatuto a essas

escritas marginalizadas. No entanto, ao perceber a profundidade conferida pelas imagens,

Masagão optou pela “construção” de um retrato dessas pessoas que omitisse a principal

característica que o despertara para seu projeto: “escondera” o histórico clínico psiquiátrico

dessas personagens. Ao propor isso, entendemos que o diretor desenvolveu o que chamamos de

um documentário de retrato pessoal, pois “os documentários que são um retrato pessoal do

cineasta consideram as questões sociais de uma perspectiva individual” (NICHOLS, 2005,

p.206). Partindo dessas considerações, pretendemos tomar o cinema como uma linguagem capaz

de realizar um trabalho poético, reconhecendo que, embora ainda sofra influências de outras artes

– principalmente a literária, nesse caso – possui elementos que o possibilitam configurar como

uma linguagem própria.

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Publicado

18-03-2010

Como Citar

MOREL, M. A. CINEMA E LINGUAGEM: O CINEMA POÉTICO EM “O ZERO NÃO É VAZIO”, DE. Travessias, Cascavel, v. 2, n. 3, p. e3092, 2010. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/3092. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

ARTE E COMUNICAÇÃO