CINEMA E LINGUAGEM: O CINEMA POÉTICO EM “O ZERO NÃO É VAZIO”, DE
Palavras-chave:
Documentário, Poesia, Linguagem cinematográfica.Resumo
Este estudo tem por objetivo demonstrar, a partir do documentário “O zero não évazio”, de Marcelo Masagão e Andréa Menezes, como é possível trabalhar a linguagemcinematográfica utilizando-se de elementos próprios, isto é, como o cinema permite que se
constitua uma linguagem poética explorando seu potencial de imagens, movimentos, sons e
personagens. Segundo os diretores desse documentário, o projeto inicial tinha como escopo
demonstrar a escrita de pessoas com distúrbios psiquiátricos, conferindo um estatuto a essas
escritas marginalizadas. No entanto, ao perceber a profundidade conferida pelas imagens,
Masagão optou pela “construção” de um retrato dessas pessoas que omitisse a principal
característica que o despertara para seu projeto: “escondera” o histórico clínico psiquiátrico
dessas personagens. Ao propor isso, entendemos que o diretor desenvolveu o que chamamos de
um documentário de retrato pessoal, pois “os documentários que são um retrato pessoal do
cineasta consideram as questões sociais de uma perspectiva individual” (NICHOLS, 2005,
p.206). Partindo dessas considerações, pretendemos tomar o cinema como uma linguagem capaz
de realizar um trabalho poético, reconhecendo que, embora ainda sofra influências de outras artes
– principalmente a literária, nesse caso – possui elementos que o possibilitam configurar como
uma linguagem própria.
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