A arte indígena contemporânea
mostra seus raios de luz
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v18i1.32825Palavras-chave:
Jaider Esbell, Makunaimã, 34a BienalResumo
O presente artigo propõe uma leitura das imagens e escritas do artivista Jaider Esbell, juntamente com o livro Makunaimã: o mito através do tempo (2019), de acordo com o conceito de autoria que predominou na Idade Média, conforme Paul Zumthor, quando as histórias eram narradas, por diversos contadores na tradição oral. A partir das oficinas de copistas, em uma versão de história que era transcrita e escrita para ingressar o universo literário. Em 04 de setembro à 28 de novembro de 2021 a Exposição Moquém Surari na 34ª Bienal de São Paulo, contou com diversos artistas indígenas da arte contemporânea, dos povos Baniwa, Gusani, Mbya, Kunikuin, Krenak, Karipuna, Lakota, Makuxi, Murubo, Pataxó, Patamona, Taurepang, Tapirapé, Tekmû’ûn-Maxakali, Xerixana e Yanomami. Nesse evento, foram exibidos desenhos, pinturas, fotografias e esculturas, que se referiam as transformações visuais do pensamento cosmológicos e narrativas ameríndios. De cariz bibliográfico, os objetivos do artigo são o de analisar a cosmovisão dos povos originários, contribuir para restabelecer valores da arte indígena com fotos de pinturas da arte indígena contemporânea de diversos artistas da Bienal e, diferenciá-los da hierarquia enraizada no contexto da arte não indígena. Além disso, o artigo trata também do aspecto epistemológico e metodológico da simbologia observada na escrita e na pintura das imagens, a perspectiva teórica indica pela valorização da ética na tradição oral e no mecanismo de sua reprodução, concluindo com as considerações finais.
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