“Até porque”: enunciadores que acionam crenças
Palavras-chave:
Enunciadores, Crenças, “até porque”.Resumo
Uma língua em uso permite que novas palavras sejam criadas ou que se imprimam novas funções para palavras já existentes. O caso de “até porque” resulta de uma junção de duas palavras que, em português, têm suas funções e usos demarcados gramaticalmente. Ao analisar inquéritos obtidos com informantes de Foz do Iguaçu, verificou-se a articulação dessas duas palavras para a inserção de justificativa de crenças apresentadas pelos informantes. Assim, traçou-se como objetivo deste artigo a identificação das avaliações de si próprio e dos falantes com os quais informantes inquiridos pelo Projeto de Pesquisa “Crenças e Atitudes Linguísticas: um estudo da relação do português com línguas em contato” convivem. A análise de como as crenças dos informantes se constituem é pautada em discussões realizados em duas áreas dos estudos linguísticos: a semântica argumentativa, que norteia o uso do operador em si; e a sociolinguística, que subsidia a análise das crenças e atitudes linguísticas. Assim, conforme análise empreendida, identificou-se que o uso de “até porque” nas respostas dos informantes introduz justificativa para uma resposta por vezes negativa e que indica crenças.
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