v. 10 n. 3 (2016)
O presente dossiê se apresenta como mais uma tentativa de reflexão sobre o ensino da língua portuguesa como uma forma de constituir cidadãos que despertam o interesse sobre as várias formas de usos da língua, considerando-se aspectos gramaticais e/ou discursivos. O ensino tradicional é concebido como descontextualizado, o que, em decorrência, promove a concordância, geral, de que a gramática não deve ser considerada como um fim. No entanto, o próprio termo gramática não é devidamente explicitado em cursos de formação inicial e continuada, mesmo que se possa elencar um estado da arte, atualmente disponível nas mídias, que possibilitaria espaços de discussão ou mesmo de avaliação da prática docente e do aporte, talvez metodológico, que a Linguística pode proporcionar. Reconhecer o funcionamento dos recursos linguísticos no processo de interação deveria ser o grande mote para o aprendizado de todo o complexo que envolve o ilusório da compreensão imposta, invisivelmente estabelecida, e, por isso mesmo, nem percebida.
Publicado:
21-12-2016