Entrelaçamentos: ecolinguística e Base Nacional Comum Curricular para o Ensino de Língua Portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v14i1.24154Palavras-chave:
Interação, Diversidade, Defesa da vida e BNCCResumo
Há muito tempo, algumas correntes de pensamento de orientação racionalistas têm dominado a esfera do conhecimento de modo supremo. Na contramão disso, a Ecolinguística aparece como uma forma de resistência, se posicionando contrária à exploração do outro, ao individualismo e à unidade como agente constitutivo e inerente a tudo. Essa proposta epistemológica dialoga com valores ecológicos, baseando-se em preceitos da ecologia profunda, campo biológico cuja visão é inter-relação, valorização da diversidade e defesa da vida nas suas mais diferentes apresentações da concepção ecossistêmica. Assim, este artigo se propôs a demonstrar como três pressupostos ecolinguísticos: interação (inter-relação); diversidade e defesa da vida, aparecem no tópico Competências Específicas de Linguagens e suas Tecnologias para o Ensino Médio da BNCC. O estudo seguiu orientação filosófica baseando-se nos princípios ecolinguísticos e em alguns estudos associados à Base Comum. Este trabalho se estruturou em abordagem metodológica documental. O corpus é composto por sete competências esperadas para o ensino de língua portuguesa, no Ensino médio, propostas na BNCC. Os resultados demonstraram que a Base apresenta, indiretamente, os três princípios ecológicos propostos neste artigo. Os fundamentos teóricos mobilizados foram COUTO (2007, 2015 e 2016) e NAKAD (2016). Acredita-se que o estudo aqui empreendido se revelou oportuno, visto há escassez de trabalhos que associam ensino e ecolinguística, o que colaborou para difusão de trabalhos na área. A pesquisa possibilitou ainda refletir sobre o alcance e a dimensão dos princípios ecolinguísticos em um plano concreto.
Downloads
Referências
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BRASIL. Constituição de 1988. Constituição da república federativa do Brasil. Disponível em: https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/ind.asp. Acesso em: 07 de nov. 2019.
BUZEN, C. A fabricação da disciplina escolar Português. Revista diálogo educacional, Curitiba, v.11, n.34, p.885-911, set/dez. 2011.
COUTO, H. COUTO, E. N.; BORGES, L. Análise do Discurso Ecológica (ADE). Campinas: Pontes, 2015.
COUTO, H. COUTO, E.; ARAÚJO, G.; ALBUQUERQUE, D. O paradigma ecológico para as ciências da linguagem: ensaios ecolinguísticos clássicos e contemporâneos. Vol.2 ed. Goiânia: UFG, 2016. p. 528.
COUTO, H. Ecolinguística: Estudo das relações entre língua e meio ambiente. Brasília: Thesaurus, 2007.
GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. Rio de Janeiro: Vozes, 2012.
GOFFMAN, Erving. Ritual de interação: ensaios sobre o comportamento face a face. Rio de Janeiro: Vozes, 2011.
HALL, S. A identidade cultural da pós-modernidade. 10. Ed. São Paulo. Edutra DP&A, 2003.
MARCHAND, P; BAIRROS, M e AMARAL, J. A Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio, as definições do Banco Mundial e os desafios da educação pública no Brasil. In. Políticas Educativas, Santa Maria, v. 11, n2, p. 69-88, 2018. ISSN: 1982-3207.
NAKAD, F, A. Desafios para a implementação da Base Nacional Comum Curricular. Disponível: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/19945/MPGPP_Disserta%c3%a7%c3%a3o_Fabricio_Gabriel.pdf?sequence=3&isAllowed=y. Acesso: 08 jan. 2020.
NEIRA, M, G. Incoerências e Inconsistências da BNCC de Educação Física. In: Revista brasileira de Ciência e Esporte, v. 40, n. 3, Porto Alegre, 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32892018000300215. Acesso em: 03 jan. 2020.
SANDÍN ESTEBAN, M. P. Pesquisa qualitativa em educação: fundamentos e tradições. Porto Alegre: AMGH, 2010.
SETE competências da BNCC para o ensino de língua portuguesa no ensino médio. In: BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Disponível: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base. Acesso em: 11 dez. 2019.
SILVA, M, R, DA. A BNCC da reforma do ensino médio: o resgate de um empoeirado discurso. In: Educação em revista, v. 34, 22 out 2018. ISSN: 0102-4698. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-46982018000100301&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 13 fev. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.