Mulher invisível: ausência de sertanejas na historiografia brasileira tradicional
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v14i3.25118Palavras-chave:
Mulheres, Historiografia, Sertanejas.Resumo
Esse texto versa sobre a ausência ou pouca notoriedade de mulheres na historiografia tradicional brasileira. Ao mesmo tempo, traz discussões acerca de algumas inserções importantes de mulheres na nova historiografia, a partir da década de 1970. Há também a exposição da ausência de sertanejas entre as produções dos historiadores clássicos e, ao mesmo tempo, faz-se uma apresentação de pesquisas recentes sobre as sertanejas de diversas partes do Nordeste, buscando contemplar personagens outrora invisibilizadas e negligenciadas pela história tradicional do Brasil. A discussão teórica é amparada em estudos da crítica historiográfica, história, história das mulheres e estudos culturais. O formato de apresentação do texto é um itinerário, que começa com a apresentação do assunto e segue, não de modo linear, mas com idas e vindas no acervo de teóricos, comparando-os e apresentando reflexões em torno de suas produções para, em seguida, fazer uma inserção em produções de autores que trazem sertanejas como protagonistas de suas pesquisas, reiterando a importância de se documentar sobre outras histórias de diferentes personagens. A intenção é denunciar a parcialidade da historiografia tradicional brasileira e, ao mesmo tempo, oferecer possibilidades de contar novas histórias a partir de outros pontos de vista, como o de sertanejas. Para tanto, foi realizada pesquisa bibliográfica, voltada para a presença/ausência de mulheres em geral e de sertanejas nas páginas de autores da historiografia brasileira. Por fim, é reforçada a importância de se evidenciar e valorizar novos olhares sobre a historiografia, que favoreçam a diversidade de personagens.
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