O enfoque da Geografia Ambiental como Aufhebung: Rejeitando o dualismo, abraçando a dialética

Environmental geography’s approach as Aufhebung: Rejecting dualism, embracing dialectics

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/amb.v3i1.27691
Agências de fomento
CNPq

Palavras-chave:

Geografia Ambiental, epistemologia, Aufhebung, dialética

Resumo

O “contrato epistemológico” que vigorou durante mais de um século na Geografia baseou-se na convic­ção de que essa disciplina não é nem apenas uma ciência natural nem meramente uma ciência social, mas sim um conhecimento epistemologicamente híbrido, cabendo aos geógrafos encontrar formas de coo­peração e convivência frutífera a despeito das inevitáveis especializações temáticas. Nas décadas de 1970 e 1980, porém, o referido “contrato” foi rompido: “Geografia Humana” e “Geografia Física” apostaram, explícita ou implicitamente, em uma separação, por verem vantagens nisso. Transcorridas quase cinco décadas, o que então parecia promissor se mostra, hoje, ao menos em parte, como um equívoco: ironica­mente, foi justamente a partir da década de 1970 – quando geógrafos “humanos” e “físicos” aceleraram tremendamente o movimento de afastamento recíproco, desdenhando a ideia de um saber que fosse uma “ponte” entre o conhecimento da natureza e o da sociedade – que o mundo passou, com uma velo­cidade crescente, a dar atenção a problemas e desafios que, indiscutivelmente, exigem uma articulação desses conhecimentos.

Felizmente, antídotos vêm sendo buscados, e o mais relevante deles é o enfoque conhecido como Geo­grafia Ambiental. Entretanto, ainda se faz necessário muito trabalho de fundamentação epistemológica, teórica e metodológica para consolidá-lo. A fim de contribuir com esse esforço, o presente artigo investe na interpretação do enfoque da Geografia Ambiental como correspondendo a uma Aufhebung, isto é, a uma superação dialética. O conceito de Aufhebung, porém, em sua tradição original, hegeliana, carrega algumas limitações intrínsecas. Cabe, assim, tentar reconfigurá-lo, tornando-o mais complexo e robusto – o que é aqui empreendido com o auxílio das contribuições lógicas e ontológicas do filósofo greco-fran­cês Cornelius Castoriadis.

Palavras-chave: Geografia Ambiental; epistemologia; Aufhebung; dialética.

 

Abstract

The ‘epistemological contract’ that was in force for more than a century in geography was based on the conviction that this discipline is neither a pure natural science nor a pure social science, but an epistemologically hybrid knowledge, leaving geographers to find ways of cooperation and fruitful coexistence, despite any thematic specialisations. In the 1970s and 1980s, however, the aforementioned ‘contract’ was broken: both ‘human’ and ‘physical’ geographers explicitly advocated or implicitly supported a separation, as they saw advantages in it. After almost five decades, what seemed promising then appears today, at least in part, as an illusion: ironically, it was precisely from the 1970s – when ‘human’ and ‘physical’ geographers tremendously accelerated the movement of disdaining the idea of a discipline that would be a ‘bridge’ between the knowledge of nature and that of society – that the world started, with increasing speed, to pay attention to problems and challenges that unequivocally demand an articulation of both types of knowledge.

Fortunately, antidotes have been sought, the most relevant of which is the approach known as environmental geography. However, much epistemological, theoretical and methodological work is still needed to consolidate it. In order to contribute to this effort, this article interprets the approach of environmental geography as corresponding to an Aufhebung, that is, to a dialectical sublation. The concept of Aufhebung, however, in its original Hegelian tradition, carries some intrinsic limitations. It is therefore necessary to try to reconfigure it, making it more complex and robust – what is undertaken here with the help of the logical and ontological contributions of Graeco-French philosopher Cornelius Castoriadis.

Keywords: environmental geography; epistemology; Aufhebung; dialectic.

 

El enfoque de la geografía ambiental como Aufhebung:

Rechazando el dualismo, abrazando la dialéctica

 

Resumen

El “contrato epistemológico” que estuvo vigente durante más de un siglo en la Geografía se basó en la convicción de que esta disciplina no es solo una ciencia natural ni una simple ciencia social, sino un cono­cimiento epistemológicamente híbrido, dejando a los geógrafos para encontrar formas de cooperación y fructífera convivencia a pesar de las inevitables especializaciones temáticas. En los años setenta y ochenta, sin embargo, se rompió el mencionado “contrato”: “geografía humana” y “geografía física” apostaron, explícita o implícitamente, a una separación, ya que veían ventajas en ello. Después de casi cinco décadas, lo que parecía prometedor entonces aparece hoy, al menos en parte, como un equívoco: irónicamente, fue precisamente a partir de la década de 1970 – cuando los geógrafos “humanos” y “físi­cos” aceleraron tremendamente el alejamiento recíproco, desdeñando la idea de un conocimiento que sería un “puente” entre el conocimiento de la naturaleza y el de la sociedad – que el mundo comenzó, con una velocidad creciente, a prestar atención a problemas y desafíos que, sin duda, exigen una articu­lación de estos dos tipos de conocimiento.

Afortunadamente, se han buscado antídotos, el más relevante de los cuales es el enfoque conocido como Geografía Ambiental. Sin embargo, aún es necesario trabajar mucho en los fundamentos epistemológicos, teóricos y metodológicos para consolidarlo. Para contribuir a este esfuerzo, este artículo interpreta el enfoque de la geografía ambiental como correspondiente a una Aufhebung, es decir, a una superación dialéctica. El concepto de Aufhebung, sin embargo, en su tradición hegeliana original, presenta algunas limitaciones intrínsecas. Por lo tanto, es necesario intentar reconfigurarlo, haciéndolo más complejo y robusto, lo que aquí se emprende con la ayuda de las aportaciones lógicas y ontológicas del filósofo greco-francés Cornelius Castoriadis.

Palabras clave: geografía ambiental; epistemología; Aufhebung; dialéctica

Referências

BEROUTCHACHVILI, Nicolas; BERTRAND, Georges. Le géosystème ou “système territorial naturel”. Revue Géographique des Pyrénées et du Sud-Ouest, v. 49, n 2, p. 167-180, 1978.

BERTRAND, Georges. Paysage et géographie physique globale: esquisse méthodologique. Revue Géographique des Pyrénées et du Sud-Ouest, v. 39, n 3, p. 249-272, 1968.

BOCCO, Gerardo; URQUIJO, Pedro S. Geografía ambiental: Reflexiones teóricas y práctica institucional. Región y Sociedad, Año XXY, n° 56, p. 75-101, 2013.

CAROL, Hans. Zur Diskussion um Landschaft und Geographie. Geographica Helvetica, v. 11, pp. 113-114, 1956.

CASTORIADIS, Cornelius. L’institution imaginaire de la société. Paris: Seuil, 1975. (A pri¬meira edição brasileira de A instituição imaginária da sociedade foi publicada, com alguns problemas de tradução, pela editora Paz e Terra, do Rio de Janeiro, em 1982.)

CASTORIADIS, Cornelius. Science moderne et interrogation philosophique. In: Les carrefours du labyrinthe. Paris: Seuil, 1978. (A primeira edição brasileira de As en¬cruzilhadas do labirinto foi publicada pela editora Paz e Terra, do Rio de Janeiro, em 1987.)

CASTORIADIS, Cornelius. L’imaginaire: la création dans le domaine social-historique. In: Domaines de l’homme  Les carrefours du labyrinthe II. Paris: Seuil, 1986a [1981/1984]. (A primeira edição brasileira de As encruzilhadas do labirinto II  Os domínios do homem foi publicada pela editora Paz e Terra, do Rio de Janeiro, em 1987.)

CASTORIADIS, Cornelius. La logique des magmas et la question de l’autonomie. In: Domaines de l’homme  Les carrefours du labyrinthe II. Paris: Seuil, 1986b [1983]. (A primeira edição brasileira de As encruzilhadas do labirinto II  Os domínios do ho¬mem foi publicada pela editora Paz e Terra, do Rio de Janeiro, em 1987.)

CASTORIADIS, Cornelius. Complexité, magmas, histoire. In: Fait et à faire  Les carrefours du labyrinthe V. Paris: Seuil, 1997 [1993].

CASTORIADIS, Cornelius. Mode d’être et problèmes de conaissance du social-historique. In: Figures du pensable  Les carrefours du labyrinthe VI. Paris: Seuil, 1999 [1991].

CASTREE, Noe. Nature. Abingdon: Routledge, 2005.

CASTREE, Noel. Making Sense of Nature. Londres e Nova Iorque: Routledge, 2014.

CASTREE, Noel et al. (orgs.). A Companion to Environmental Geography. Malden, MA: Wiley-Blackwell, 2009.

DANIELS, Norman. Equal liberty and unequal worth of liberty: In: DANIELS, Norman (org.). Reading Rawls: Critical Studies on Rawls’ “A Theory of Justice”. Nova Iorque; Basic Books, 253–281, 1989.

De BÉLIZAL, Édouard et al. Géographie de l’environnement. Malakoff: Armand Colin, 2017.

De MARTONNE, Emmanuel. Traité de géographie physique. Paris: Armand Colin, 2ª ed., rev. e aum., 1913 [1909]. (Consultei igualmente a tradução espanhola, baseada na sétima edição francesa: Tratado de Geografía Física, em três volumes, publicada em Barcelona, pela Editorial Juventud, em 1973.)

GABRIEL, Markus. Fields of Sense: A New Realist Ontology. Edimburgo: Edinburgh University Press, 2015.

HARD, Gerhard. Aufsätze zur Theorie der Geographie. Osnabrück: Universitätsverlag Rasch, 2002 [ensaios específicos publicados em diversos anos].

HARTSHORNE, Richard. The Nature of Geography: A Critical Survey of Current Thought in the Light of the Past. Westport (Connecticut): Greenwood Press, 1977 [1939].

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Wissenschaft der Logik (Erster Teil) (= Sämtliche Werke [Band III], organizado por Georg Lasson). Leipzig: Verlag von Felix Meiner, 1934 [1812-1816].

HEINRICH, Dieter. Hegel im Kontext. Frankfurt (Meno): Suhrkamp, 4ª ed, 1987 [1971].

HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor W. Dialektik der Aufklärung: Philosophische Fragmente. Frankfurt (Meno): Fischer. 2006 [1947].

INGOLD, Tim; PALSSON, Gisli (orgs.). Biosocial Becomings: Integrating Social and Biological Anthropology. Cambridge: Cambridge University Press, 2013.

KUHN, Thomas. The Structure of Scientific Revolutions. Chicago e Londres: The University of Chicago Press, 2ª ed. (aumentada), 1970 [1962].

LACOSTE, Yves. A Geografia  Isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campi¬nas: Papirus, 1988 [1976].

LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: Ensaio de Antropologia simétrica. Rio de Ja-neiro: Editora 34, 1994 [1991].

LATOUR, Bruno. Reassembling the Social: An Introduction to Actor-Network-Theory. Oxford e outros lugares: Oxford University Press, 2005.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Die deutsche Ideologie. In: Marx-Engels-Werke (MEW), Band 3. Berlim: Dietz Verlag, 1978 [1846].

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Naturwissenschaftliche Exzerpte und Notizen Mitte 1877 bis Anfang 1883. In: Marx-Engels-Gesamtausgabe (MEGA), Vierte Abteilung, Band 31. Amsterdã: Akademie Verlag, 1999 [1877-1883].

MENDONÇA, Francisco. Geografia Socioambiental. Terra Livre, n° 16, pp. 139-158, 2001.

MALABOU, Catherine. The Future of Hegel: Plasticity, Temporality and Dialectic. Londres e Nova Iorque: Routledge, 2005 [1996].

MONTEIRO, Carlos Augusto de Figueiredo. Geossistema: A história de uma procura. São Paulo: Contexto, 2001.

MÜLLER-MAHN, Detlef; WARDENGA, Ute (orgs.). Möglichkeiten und Grenzen integrativer Forschungsansätze in Physischer Geographie und Humangeographie. Leipzig: Selbstverlag Leibniz-Institut für Länderkunde e.V, 2005.

OLIVEIRA, Francisco de. A economia brasileira: Crítica à razão dualista. Petrópolis: Vozes, 5ª ed, 1987 [1972-1976].

PATTISON, William D. The four traditions of geography. Journal of Geography, v. 89, n 5, pp. 202-206, 1990 [1964].

PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. Paixão da Terra: Ensaios críticos de ecologia e Geogra¬fia. Rio de Janeiro: Rocco/Socii, 1984.

PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. Os (des)caminhos do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 15ª ed, 2014 [1989].

RADNIK, Borna. Hegel on the double movement of Aufhebung. Continental Thought and Theory, v. 1, n 1, pp. 194-206, 2016.

RAWLS, John. A Theory of Justice. Oxford: Clarendon Press, 1972.

ROBBINS, Paul. Tracking invasive land covers in India, or why our landscapes have never been modern. Annals of the Association of American Geographers, v. 91, n 4, pp. 637-659, 2001.

SAFATLE, Vladimir P. Materialismo e dialéticas sem Aufhebung: Adorno, leitor de Marx; Marx, leitor de Hegel. Veritas: Revista de Filosofia da PUC-RS, v. 62, n 1, pp. 226-256, 2017.

SANTOS, Milton. O espaço dividido: Os dois circuitos da economia urbana dos países sub¬desenvolvidos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979 [1975].

SAUER, Carl O. The morphology of landscape. In: LEIGHLY, John (org.). Land and Life: A Selection from the Writings of Carl Ortwin Sauer. Berkeley e Los Angeles: University of California Press, 1969 [1925].

SEN, Amartya. The Idea of Justice. Cambridge (MA): The Belknap Press of Harvard University Press, 2009.

SNOW, Charles Percy. The Two Cultures and the Scientific Revolution. Nova Iorque: Cambridge University Press, 1961 [1959].

SCHMIDT, Alfred. Der Begriff der Natur in der Lehre von Marx. Hamburgo: CEP Europäische Verlagsanstalt, 5ª ed., 2016 [1962]. (Uma tradução espanhola, baseada na primeira edição em alemão, apareceu, sob o título El concepto de naturaleza en Marx, em 1977, publicada pela editora Siglo Veintiuno, Cidade do México.)

SOUZA, Marcelo Lopes de. O narcotráfico no Rio de Janeiro, sua territorialidade e a dia¬lética entre “ordem” e “desordem”. Cadernos de Geociências (IBGE), n° 13, pp. 161-171, 1995.

SOUZA, Marcelo Lopes de. Consiliência ou bipolarização epistemológica? Sobre o persis¬tente fosso entre as ciências da natureza e as da sociedade − e o papel dos geó¬grafos. In: SPOSITO, Eliseu S. et al. (orgs.). A diversidade da Geografia brasileira: Escalas e dimensões da análise e da ação. Rio de Janeiro: Consequência, 2016.

SOUZA, Marcelo Lopes de. Quando o trunfo se revela um fardo: Reexaminando os per-calços de um campo disciplinar que se pretendeu uma ponte entre o conheci-mento da natureza e o da sociedade. Geousp  Espaço e Tempo, v. 22, n 2, pp. 274-308, 2018.

SOUZA, Marcelo Lopes de. Ambientes e territórios: Uma introdução à Ecologia Política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2019a.

SOUZA, Marcelo Lopes de. O que é a Geografia Ambiental? AMBIENTES: Revista de Geo¬grafia e Ecologia Política, v. 1, n 1, pp. 14-37, 2019b.

SOUZA, Marcelo Lopes de. Articulando ambiente, território e lugar: A luta por justiça am¬biental e suas lições para a epistemologia e a teoria geográficas. AMBIENTES: Revista de Geografia e Ecologia Política, v. 2, n 1, pp. 16-64, 2020.

SWYNGEDOUW, Erik. The City as a Hybrid: On Nature, Society and Cyborg Urbanisation. Capitalism Nature Socialism, v. 7, n 2, pp. 65-80, 1996.

SWYNGEDOUW, Erik. Modernity and hybridity: Nature, regeneracionismo, and the production of the Spanish waterscape, 1890-1930. Annals of the Association of American Geographers, v. 89, n 3, pp. 443-465, 1999.

TRICART, Jean. Écogéographie des espaces ruraux. Paris: Nathan, 1994.

TRICART, Jean; KILIAN, Jean. L’éco-géographie et l’aménagement du milieu naturel. Pa¬ris: François Maspéro (= Collection Hérodote), 1979.

TROLL, Carl. Luftbildplan und ökologische Bodenforschung: Ihr zweckmässiger Einsatz für die wissenschaftliche Erforschung und praktische Erschliessung wenig bekannter Länder. In: Luftbildforschung und landeskundliche Forschung. Wiesbaden: Franz Steiner, 1966a [1939].

TROLL, Carl. Methoden der Luftbildforschung. In: Luftbildforschung und landeskundliche Forschung. Wiesbaden: Franz Steiner, 1966b [1942].

TROLL, Carl. Die wissenschaftliche Luftbildforschung als Wegbereiterin kolonialer Erschliessung. In: Luftbildforschung und landeskundliche Forschung. Wiesbaden: Franz Steine, 1966c [1942].

TROLL, Carl. Fortschritte der wissenschaftlichen Luftbildforschung. In: Luftbildforschung und landeskundliche Forschung. Wiesbaden: Franz Steiner, 1966d [1943].

TROLL, Carl. Die geographische Landschaft und ihre Erforschung. In: Ökologische Landschaftsforschung und vergleichende Hochgebirgsforschung. Wiesbaden: Franz Steiner, (1966e [1950].

TROLL, Carl. Landschaftsökologie als geographisch-synoptoische Naturbetrachtung. In: Ökologische Landschaftsforschung und vergleichende Hochgebirgsforschung. Wiesbaden: Franz Steiner, 1966f [1963].

VALVERDE, Orlando. Grande Carajás: Planejamento da destruição. Rio de Janeiro/São Paulo/Brasília: Forense Universitária/Edusp/Ed. UnB, 1989.

WARDENGA, Ute; WEICHHART, Peter. Sozialökologische Interaktionsmodelle und Systemtheorien – Ansätze einer theoretischen Begründung integrativer Projekte in der Geographie? Mitteilungen der Österreichischen Geographischen Gesellschaft, n 148, pp. 9-31, 2007.

WARREN, Minton. On the Etymology of Hybrid (Lat. Hybrida). The American Journal of Philology, v. 5, n. 4, pp. 501-502, 1884.

WEICHHART, Peter. Physische Geographie und Humangeographie – eine schwierige Beziehung: Skeptische Anmerkungen zu einer Grundfrage der Geographie und zum Münchner Projekt einer “Integrativen Umweltwissenschaft”. In: HEINRITZ, Günther (org.). Integrative Ansätze in der Geographie – Vorbild oder Trugbild? Münchner Symposium zur Zukunft der Geographie. Passau (= Münchener Geographische Hefte 85), pp. 17-34, 2003.

WEICHHART, Peter. Auf der Suche nach der “dritten Säule”: Gibt es Wege von der Rhetorik zur Pragmatik? In: MÜLLER-MAHN, Detlev; WARDENGA, Ute. (orgs.). Möglichkeiten und Grenzen integrativer Forschungsansätze in Physischer und Humangeographie. Leipzig: Leibniz-Institut für Länderkunde (= ifl-forum 2), pp. 109-136, 2005.

WEICHHART, Peter. Der Mythos vom “Brückenfach”. Geographische Revue: Zeitschrift für Literatur und Diskussion, v. 10, n 1, pp. 59-69, 2008.

WHITE, Damian F. et al. Environments, Natures and Social Theory: Towards a Critical Hybridity. Londres: Palgrave, 2016.

ZIERHOFER, Wolfgang. Geographie der Hybriden. Erdkunde, v. 53, n 1, pp. 1-13, 1999.

Downloads

Publicado

29-06-2021

Como Citar

LOPES DE SOUZA, M. O enfoque da Geografia Ambiental como Aufhebung: Rejeitando o dualismo, abraçando a dialética: Environmental geography’s approach as Aufhebung: Rejecting dualism, embracing dialectics. AMBIENTES: Revista de Geografia e Ecologia Política, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 09–82, 2021. DOI: 10.48075/amb.v3i1.27691. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/27691. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos