Therapeutic itinerary and chronic disease: necessary approaches to Physical Education

Authors

DOI:

https://doi.org/10.36453/cefe.2022.28734
Supporting Agencies
Este estudo não teve apoio financeiro de nenhuma natureza para sua realização.

Keywords:

bodily practices, therapeutic itinerary, integral healthcare practice

Abstract

BACKGROUND: Therapeutic itinerary can be defined as the search for health care by the subject from the individual and sociocultural dimensions. Thus, the objective of this essay was to analyze the importance of understanding the notion of therapeutic itinerary by Physical Education professionals to work with chronically ill patients.
DEVELOPMENT: This text was anchored on concepts and theoretical and methodological references from the fields of Anthropology and Health. The notions of illness, disease and sickness were rescued in order to relate them to the approach of the therapeutic itinerary in the scope of professional intervention in Physical Education. The perspectives of line of care and care path were also used in order to problematize the body practices for people with chronic diseases.
CONCLUSION: It highlighted the importance of the Physical Education professional to stick to the notion of therapeutic itinerary to intervene with body practices. It discussed the professional competence to share the biomedical and sociocultural rationalities that each practitioner goes through in life. It progressed with the urgency of the interdisciplinary problematization about the integral care of the person with chronic disease who performs body practices. Finally, it was suggested a reflexive and relational deepening between the Physical Education professional and the practitioner based on their therapeutic itineraries.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Alan Camargo Silva, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro

Doutor em Saúde Coletiva pelo Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IESC/UFRJ). Professor do curso de Pós-graduação Lato sensu em Desportos de Campo e de Quadra e do curso Saberes e Práticas na Educação Básica com Ênfase em Educação Física Escolar na UFRJ. Coordenador do Comitê Científico do Grupo de Trabalho Temático Corpo e Cultura do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (GTTCC/CBCE)

 

References

ALMEIDA FILHO, N. O que é saúde? Rio de Janeiro: Fiocruz, 2011.

ALVES, P. C. B.; SOUZA, I. M. A. Escolha e avaliação de tratamento para problemas de saúde: considerações sobre o itinerário terapêutico. In: RABELO, M. C. M.; ALVES, P. C. B.; SOUZA, I. M. A. (Orgs.) Experiência de doença e narrativa. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1999. p. 125-38.

BOLTANSKI, L. As classes sociais e o corpo. 3. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Guia de Atividade Física para a População Brasileira. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_atividade_fisica_populacao_brasileira.pdf>.

BURILLE, A.; GERHARDT, T. E. Doenças crônicas, problemas crônicos: encontros e desencontros com os serviços de saúde em itinerários terapêuticos de homens rurais. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 23, n. 2, p. 664-76, 2014. DOI: <https://doi.org/10.1590/S0104-12902014000200025>.

BURY, M. Doença crônica como ruptura biográfica. Tempus - Actas de Saúde Coletiva, Brasília, v. 5, n. 2, p. 41-55, 2011. Disponível em: <https://tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/963/905>. Acessado em: 31 de julho de 2022.

CABRAL, A. L. L. V.; MARTINEZ-HEMÁEZ, A.; ANDRADE, E. I. G.; CHERCHIGLIA, M. L. Itinerários terapêuticos: o estado da arte da produção científica no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 11, p. 4433-42, 2011. DOI: <https://doi.org/10.1590/S1413-8123201100120001>.

COSTA, G. M. C.; GUALDA, D. M. R. Antropologia, etnografia e narrativa: caminhos que se cruzam na compreensão do processo saúde-doença. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 17, n. 4, p. 925-37, 2010. DOI: <https://doi.org/10.1590/S0104-59702010000400005>.

CRUZ, J. V.; OLIVEIRA, R. C. Percepção do papel de professor para profissionais de Educação Física recém-formados atuantes em academias de ginástica. Comunicações, Piracicaba, v. 28, n. 2, p. 77-92, 2021. DOI: <https://doi.org/10.15600/2238-121X/comunicacoes.v28n2p77-92>.

DEMÉTRIO, F.; SANTANA, E. R.; PEREIRA-SANTOS, M. O Itinerário Terapêutico no Brasil: revisão sistemática e metassíntese a partir das concepções negativa e positiva de saúde. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 43, n. Esp. 7, p. 204-21, 2019. DOI: <https://doi.org/10.1590/0103-11042019S716>.

DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

ERIKSEN, T. H.; NIELSEN, F. S. A history of anthropology. London: Pluto Press, 2013.

EVANS-PRITCHARD, E. E. Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

FERREIRA, J. C. V.; FERREIRA, J. S. Atuação dos profissionais de educação física na atenção primária à saúde. Cadernos de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 15, n. 2, p. 105-13, 2017. DOI: <https://doi.org/10.36453/2318-5104.2017.v15.n2.p105>.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.

GEERTZ, C. O saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

GERHARDT, T. E. Itinerários terapêuticos em situações de pobreza: diversidade e pluralidade. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 11, p. 2449-2463, 2006. DOI: <https://doi.org/10.1590/S0102-311X2006001100019>.

GERHARDT, T. E.; BURILLE, A.; MÜLLER, T. L. Estado da arte da produção científica sobre itinerários terapêuticos no contexto brasileiro. In: GERHARDT, T. E.; PINHEIRO, R.; RUIZ, E. N. F.; SILVA JUNIOR, A. G. (Orgs.) Itinerários terapêuticos: integralidade no cuidado, avaliação e formação em saúde. Rio de Janeiro: CEPESC/IMS/UERJ; ABRASCO, 2006. p. 27-97.

GOOD, B. J. Comment faire de l’anthropologie médicale? Médecine, rationalité et vécu. Paris: Institut Synthélabo, 1998.

HELMAN, C. G. Cultura, saúde e doença. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

KLEINMAN, A.; DAS, V.; LOCK, M. M. (Orgs.) Social Suffering. Berkeley: University of California Press, 1997.

LAPLANTINE, F. Antropologia dos sistemas de representações da doença: sobre algumas pesquisas desenvolvidas na França contemporânea reexaminadas à luz de uma experiência brasileira. In: JODELET, D. (Org.) As representações sociais. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2001. p. 241-260.

LAZZAROTTI FILHO, A.; SILVA, A. M.; ANTUNES, P. C.; SILVA, A. P. S.; LEITE, J. O. O termo práticas corporais na literatura científica brasileira e sua repercussão no campo da educação física. Movimento, Porto Alegre, v. 16, n. 1, p. 11-29, 2010. DOI: <https://doi.org/10.22456/1982-8918.9000>.

LÉVI-STRAUSS, C. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996.

LÉVI-STRAUSS, C. O cru e o cozido. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.

LOCK, M.; NGUYEN, V. An anthropology of biomedicine. Malden: Wiley-Blackwell, 2010.

LUZ, M. T. Educação Física e saúde coletiva: papel estratégico da área e possibilidades quanto ao ensino na graduação e integração na rede de serviços públicos de saúde. In: FRAGA, A. B.; WACHS, F. (Orgs.) Educação Física e Saúde Coletiva: políticas de formação e perspectivas de intervenção. Porto Alegre: UFGRS, 2007. p. 9-16.

MACHADO, E. P. “Segue o plano!” A relação de autoridade/obediência entre coach e pupilo no processo de construção corporal do fisiculturista. 2020. 212f. Tese (Doutorado em Ciências do Movimento Humano) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/221616/001125099.pdf?sequence=1&isAllowed=y>.

MARIANTE NETO, F. P.; STIGGER, M. P. Reflexividade na pesquisa etnográfica e as suas relações com a prática pedagógica de um professor de boxe. Cadernos de Formação RBCE, Campinas, v. 2, n. 1, p. 95-107, 2011. Disponível em: <http://revista.cbce.org.br/index.php/cadernos/article/view/1211>. Acessado em: 31 de julho de 2022.

MATTOS, R. S. Sobrevivendo ao estigma da gordura. São Paulo: Vetor, 2012.

MAUSS, M. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac & Naif, 2015.

NASCIMENTO, M. C.; BARROS, N. F.; NOGUEIRA, M. I.; LUZ, M. T. A categoria racionalidade médica e uma nova epistemologia em saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 12, p. 3595-3604, 2013. DOI: <https://doi.org/10.1590/S1413-81232013001200016>.

OLIVEIRA, R. C.; VELOZO, E. L.; SILVA, C. L. Cultura, atuação profissional em educação física e as práticas corporais. Impulso, Piracicaba, v. 26, n. 66, p. 7-19, 2016. DOI: <https://doi.org/10.15600/2236-9767/impulso.v26n66p7-19>.

OLIVEIRA, L. H. S. Práticas corporais e o tratamento interdisciplinar de pessoas com fibromialgia: a dádiva do cuidado. 2021. 249f. Tese (Doutorado em Ciências do Exercício e do Esporte) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021. Disponível em: <https://www.bdtd.uerj.br:8443/bitstream/1/16622/2/Tese%20-%20Leonardo%20Hernandes%20de%20Souza%20Oliveira%20-%202021%20-%20Completa.pdf>.

PINHEIRO, R.; GERHARDT, T. E.; RUIZ, E. N. F.; SILVA JUNIOR, A. G. O “estado do conhecimento” sobre os itinerários terapêuticos e suas implicações teóricas e metodológicas na saúde coletiva e integralidade do cuidado. In:

GERHARDT, T. E.; PINHEIRO, R.; RUIZ, E. N. F.; SILVA JUNIOR, A. G. (Orgs.) Itinerários terapêuticos: integralidade no cuidado, avaliação e formação em saúde. Rio de Janeiro: CEPESC/IMS/UERJ; ABRASCO, 2006. p. 13-24.

SAILLANT, F.; GENEST, S. (Orgs.) Antropologia médica: ancoragens locais, desafios globais. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2012.

SILVA, A. C. Da antropologia da saúde para educação física: práticas corporais sob análise. In: TELLES, S.; LÜDORF, S.; PEREIRA, E. (Orgs.) Pesquisa em educação física: perspectivas sociocultural e pedagógica em foco. Rio de Janeiro: Autografia, 2017. p. 50-7.

SILVA, A. C. Uma etnografia encarnada: imagens e identidades corporais de um pesquisador em uma academia de ginástica. In: FERREIRA, J.; BRANDÃO, E. R. (Orgs.) Reflexividade na pesquisa antropológica em saúde: desafios e contribuições para a formação de novos pesquisadores. Brasília: Editora UnB, 2021. p. 183-207.

SILVA, A. C.; FERREIRA, J. Entre remediar e prevenir: uma etnografia sobre o manejo da dor e dos “limites” corporais em academias de ginástica do Rio de Janeiro. Pensar a Prática, Goiânia, v. 21, n. 1, p. 107-18, 2018. DOI: <https://doi.org/10.5216/rpp.v21i1.39631>.

SILVA, A. C.; FREITAS, D. C.; LÜDORF, S. M. A. Profissionais de educação física de academias de ginástica do Rio de Janeiro e a pluralidade de concepções de corpo. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Porto Alegre, v. 41, n. 1, p. 102-8, 2019. DOI: <https://doi.org/10.1016/j.rbce.2018.04.002>.

SILVA, A. M. Entre o corpo e as práticas corporais. Arquivos em Movimento, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 5-20, 2014. Disponível em: <https://revistas.ufrj.br/index.php/am/article/view/9228>. Acessado em: 31 de julho de 2022.

SILVA, N. E. K.; SANCHO, L. G.; FIGUEIREDO, W. S. Entre fluxos e projetos terapêuticos: revisitando as noções de linha do cuidado em saúde e itinerários terapêuticos. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 843-51, 2016. DOI: <https://doi.org/10.1590/1413-81232015213.08572015>.

SOUZA, M. C.; GUEIROS, M. F.; FERREIRA, J. “Eles dizem pra fazer, mas é difícil”: adesão à atividade física e qualidade de vida de coronariopatas internados. In: MISSIAS-MOREIRA, R.; FRANÇA, D. M. V. R.; LARANJEIRA, C. A. (Orgs.) Qualidade de vida e saúde em uma perspectiva interdisciplinar. Curitiba: CRV, 2020. p. 241-52.

TAVARES, F. Rediscutindo conceitos na Antropologia da Saúde: notas sobre os agenciamentos terapêuticos. Mana, Rio de Janeiro, v. 23, n. 1, p. 201-28, 2017. DOI: <http://dx.doi.org/10.1590/1678-49442017v23n1p201>.

TURNER, V. W. O processo ritual: estrutura e antiestrutura. Petrópolis: Vozes, 1974.

UCHÔA, E.; VIDAL, J. M. Antropologia médica: elementos conceituais e metodológicos para uma abordagem da saúde e da doença. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 10, n. 4, p. 497-504, 1994. DOI: <https://doi.org/10.1590/S0102-311X1994000400010>.

Published

05-08-2022

How to Cite

SILVA, A. C. Therapeutic itinerary and chronic disease: necessary approaches to Physical Education. Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 20, p. e–28734, 2022. DOI: 10.36453/cefe.2022.28734. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/28734. Acesso em: 11 may. 2024.