Sobre a leitura heideggeriana de Nietzsche e a possibilidade de se pensar o sujeito a partir da vontade de poder
DOI:
https://doi.org/10.48075/rd.v3i2.18629Resumo
O artigo tem o objetivo de explorar a interpretação que Heidegger faz da vontade de poder no pensamento de Nietzsche. Tendo em mente o fato de Heidegger desconsiderar o aspecto genealógico do tema em função de uma abordagem metafísica, vislumbra-se a possibilidade de, a partir da interpretação que Heidegger faz dos aforismos 485 e 489 do texto A vontade de poder, postular uma noção de sujeito de sentimento, o qual não seria o ego volo, tal como Heidegger propõe, pois consistiria numa unidade momentânea e não numa substância corpórea. Ainda que Müller-Lauter mencione uma unidade momentânea de vontades de poder dominantes, a hipótese das forças, com a qual Nietzsche pretende superar a metafísica, não permite unidade alguma que não seja uma ficção. O artigo termina com impossibilidade de pensar um sujeito que não seja ficção, pois até o sujeito de sentimento enquanto sentimento da realidade consiste numa ficção.Downloads
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