A fundação da vida política em Maquiavel

Autores

  • Rodrigo Tesser

DOI:

https://doi.org/10.48075/rd.v3i2.18634
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Resumo

O homem é um ser egoísta e que tudo deseja, razão pela qual somente pode ver os outros homens como rivais à plena satisfação de seus desejos. A ideia de comunidade política, portanto, não mais aparece como um acontecimento necessário em razão da natural condição humana. Não obstante, o mundo histórico mostra que a vida coletiva eclodiu e, efetivamente, se perpetuou no tempo. Assim, o problema que nos deparamos é saber como o governante, através de suas próprias ações políticas, pode superar os obstáculos que emergem nesse mundo contingente e atingir a máxima eficácia, alterando a realidade caótica e beligerante dos homens dispersos para criar uma coletividade política livre e duradoura no tempo. A fundação da vida política, ação humana mais importante, é a que conjuga os termos fortuna e virtù, pois, para Maquiavel, o confronto entre fortuna e virtù é um cabo-de-guerra que condicionará o sucesso ou o insucesso da ação política. A fortuna é o acaso, significando a oportunidade criativa para o homem de virtù. E a virtù significa a capacidade de obter bons resultados políticos. Assim, a fundação da vida política terá, por base, a extraordinária virtù de um homem.

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Publicado

28-12-2017

Como Citar

TESSER, R. A fundação da vida política em Maquiavel. Revista DIAPHONÍA, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 41–53, 2017. DOI: 10.48075/rd.v3i2.18634. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/diaphonia/article/view/18634. Acesso em: 12 out. 2024.