A cosmologia realista de Popper e sua contribuição para a discussão racional em Física
DOI:
https://doi.org/10.48075/rd.v3i2.18635Resumo
O presente artigo mostra que o realismo constitui a principal tese metafísica presente na filosofia de Popper e que esteve presente, de forma relevante, desde a Lógica da Pesquisa Científica até o Pós-escrito. Apesar de ter sido revista, passando de uma noção negativa para positiva, ampliou o universo de articulação teórico da sua filosofia e organizou sua proposta epistemológica. A defesa Popperiana do realismo está vinculada a uma concepção ética de fundo e uma concepção cosmológica que abrange uma ontologia da mudança e uma epistemologia falibilista. Sua concepção filosófica comporta desde um plano universal do pensamento metafísico, cosmológico, até um plano específico, das regras metodológicas, adequado ao estudo da ciência. O filósofo pensou que a tarefa da filosofia não se resume na análise de enunciados, mas se trata da elaboração de uma visão de totalidade da realidade capaz de constituir soluções a problemas teóricos reais do universo do conhecimento. Ele unificou sua concepção filosófica ao propor a teoria das Propensões e a mostrou como uma articulação das suas noções de objetivismo, realismo e de indeterminismo. Como forma de mostrar a relevância de sua cosmologia para o estudo da ciência, ele propôs dois experimentos em física e confrontou a sua concepção objetivista, realista e indeterminista com a rival teoria quântica, então subjetivista e antirrealista. O primeiro teste recebeu correções de Einstein através de uma carta, publicada em anexo à Lógica da Pesquisa Científica (L.Sc.D). O segundo teste, proposto em A Teoria dos Quanta e o Cisma na Física (Q.T.S.P), foi realizado em 1999 por Kim e Shih e, o resultado mostrou inconformidade com a previsão de Popper. Ambos, entretanto, contribuíram, ainda que de modo discreto, para a crítica racional no universo científico.Downloads
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