Considerações sobre o Compendium musicae de Descartes: matemática, música e a produção de afetos
DOI:
https://doi.org/10.48075/rd.v5i1.22769Palavras-chave:
Descartes. Compendium Musicae. Música. Matemática. Afetos. Prazer.Resumo
A atual exposição pretende tecer algumas considerações sobre o Compendium Musicae, obra escrita por Descartes, ainda muito jovem, no final do ano de 1618, há 400 anos. O objetivo é apresentar alguns elementos da obra e compará-la com aqueles presentes na Geometria, com o intuito de mostrar paralelos estruturais e semelhanças de natureza epistemológica e metodológica entre elas, bem como evidenciar determinadas características categoriais utilizadas pelo filósofo com vista à produção da inteligibilidade (isto é, da racionalidade) dos fenômenos ou problemas estudados. Como segundo propósito, pretende-se examinar o percurso efetivado por Descartes com vista à compreensão do fenômeno musical, de sua estrutura e de seus elementos componentes, começando pela natureza física do som, passando pela estrutura matemática da música (suas propriedades principais, o tempo e a altura, as relações de maior ou menor consonância entre as notas), até se constituir em um fenômeno relativo à nossa sensibilidade e capaz de fazer emergir em nossa alma afetos e paixões variadas. Como afirma Descartes, o objeto da música é o som, e seu fim é a produção do prazer e a emergência de afetos no ser humano. Circunscrita à sensibilidade humana, a música deixa de ser entendida dentro de uma perspectiva cosmológica e ligada à harmonia das esferas celestes, passando a se configurar como fenômeno relativo à subjetividade humana, ou melhor, ao seu composto alma-corpo.Downloads
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