O JORNAL IMPRESSO AINDA RESISTE(?): UMA ANÁLISE SOBRE GÊNEROS JORNALÍSTICOS E SUAS TRANSFORMAÇÕES
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v16i37.23675Palabras clave:
Gêneros do discurso. Gêneros do Jornalismo. Jornalismo impresso.Resumen
Diante das transformações tecnológicas que marcam a sociedade atual, o jornalismo e a imprensa têm sofrido visíveis modificações ao longo dos últimos anos. Não só a forma de produzir notícias e reportagens se modificou, mas, principalmente, o consumo desses textos também não ocorre da mesma forma, nas mesmas plataformas. Há tempos se discute a possível “morte” do jornalismo impresso nesse cenário, mas o fato é que ainda há publicações impressas circulando. Assim, levanta-se o seguinte questionamento: em que medida o conteúdo jornalístico tem se transformado? Pode-se dizer a valorização da reportagem – em detrimento da notícia factual, de oferta abundante nos meios digitais – tem se mostrado como uma saída para renovação e/ou sobrevivência do jornalismo impresso? Esses questionamentos são o ponto de partida a partir do qual se desenvolve a presente pesquisa, que objetiva investigar as permanências ou transformações nos gêneros jornalísticos de um jornal impresso. Tendo como base teórica o pensamento de autores como Bakhtin (2011), Marcuschi (2008) analisam-se edições do jornal O Paraná, dos anos de 2019 e 2009. Com a comparação das edições, pode-se concluir que a reportagem está mais presente nos exemplares mais atuais, que valorizam o aspecto local e focalizam questões referentes a cenários atuais e preocupantes em vez da abordagem de fatos pontuais.
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Recebido em 26-11-2019 | Aceito em 16-02-2020
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