MÁRIO DE ANDRADE: A “LÍNGUA BRASILEIRA”, A ORALIDADE E A RACIALIDADE
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v16i37.23813Palabras clave:
Mário de Andrade. Língua Brasileira. Oralidade. Racialidade.Resumen
O presente artigo, de viés panorâmico e inserido nos estudos sobre a linguagem e discurso e contemplando aspectos éticos e políticos da língua, investiga uma série de discursos de Mário de Andrade perfilando quais concepções de língua, de oralidade e de racialidade são operadas pelo modernista, de forma a compreender o caráter ético, estético e político presente em projetos do autor, como a “Gramatiquinha”, o “Ensaio sobre a Música Brasileira” e o “I Congresso da Língua Nacional Falada e Cantada”. Ademais, é na tensão entre projetos de sistematização dos sentidos culturais e políticos brasilidade – em que são aproximadas a escrita literária, a oralidade da língua sob a forma do falar das ruas e o canto popular – que se delineia uma concepção de língua atrelada à cultura popular, à racialidade e à política nacionalista.
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Recebido em 18-12-2019 | Aceito em 16-02-2020
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