SABERES EM MOVIMENTO NO ESTÁGIO DE REGÊNCIA DE TURMA: O ENSINO DE ANÁLISE LINGUÍSTICA POR GRADUANDOS DE LETRAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/rt.v17i41.26732
Agências de fomento
Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco - FACEPE

Palavras-chave:

Licenciatura, Estágio, Letras, Ensino de Análise Linguística

Resumo

Neste estudo pretendemos analisar o modo como alunos da licenciatura em Letras-Português da Universidade Federal de Pernambuco, durante o estágio curricular, atuam para ensinar seus alunos a refletir sobre a língua, concretizando um dos eixos de ensino desse componente curricular que é a análise linguística. A pesquisa, do tipo qualitativo-descritiva, teve como corpus projetos e relatórios de estágio, além de depoimentos dos estagiários, captados no seminário de encerramento das atividades de regência de turma do ensino fundamental. Para montar o referencial teórico, buscamos autores que tratam da formação docente, do estágio e do ensino de análise linguística. Os resultados mostraram que os futuros professores trabalham numa perspectiva sociointeracionista e exploram uma diversidade de gêneros textuais, como indicado nas orientações mais recentes para o ensino de língua portuguesa. No entanto, a maioria deles explicita pouco os procedimentos didáticos realizados, não indica as dificuldades dos alunos quando da avaliação da aprendizagem e aborda determinados conhecimentos linguísticos de forma expositiva e dedutiva.

Referências:

ALMEIDA FILHO, J. C. Crise, transições e mudança no currículo de formação de professores de línguas. In: FORTKAMP, M. B. M.; TOMITCH, L. M.B. (org.). Aspectos da linguística aplicada: estudos em homenagem ao professor Hilário Inácio Bohn. Florianópolis: Insular, 2000. p. 33-47.

AZEVEDO, T. M. Ensinar gêneros? Desenredo, Passo Fundo, RS, v. 10, n. 1, p. 92-103 - jan./jun. 2014.

AZEVEDO, T. M. Transposição didática de gêneros discursivos: algumas reflexões. Desenredo. Passo Fundo, RS, v. 6, n. 2, p. 198-214 - jul./dez. 2010.

BARBOSA, J. Análise e reflexão sobre a língua e as linguagens: ferramentas para os letramentos. In: RANGEL, E. O.; ROJO, R. H. R. (org.) Língua Portuguesa no Ensino Fundamental. Coleção Explorando o Ensino. vol. 19. Brasília: MEC/SEB, 2010, p. 155-182.

CALLIAN, G. R.; BOTELHO, L. S. A análise linguística e o ensino de língua portuguesa: em busca do desenvolvimento da competência discursiva. Educação em Destaque. Juiz de Fora, MG, v. 5, n. 1, p. 1-21, 2014.

DICKEL, A. Ensino de gramática: das polêmicas às proposições. In: SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE LINGUAGENS E ENSINO, 7, 2012, Pelotas. Anais... Pelotas: UCPel, 2012.

DUTRA. C. M. D.; LOULA, L. D. Incompreensão e desalinhamento teórico-metodológico como possíveis entraves à prática de análise linguística em sala de aula. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, MG, vol. 11, n. 3, p. 526-547, jul./set. 2017.

EMILIO, A. Gramática, deve-se ou não se deve ensinar? Línguas & Letras. Cascavel, PR, v. 9.  n. 16, p. 27-35. 2007.

GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de português. In: GERALDI, J. W. (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997[1984], p. 39-46.

GERALDI, J. W. Unidades básicas do ensino de português. In: GERALDI, J. W. (org.). O texto na sala de aula: leitura e produção. Cascavel: Assoeste, 1984, p. 49-69.

LARROSA, Jorge. Algunas notas sobre la experiencia y sus lenguajes. In: BARBOSA, R. L. L. (org.). Trajetórias e perspectivas da formação de educadores. São Paulo: Ed. Unesp, 2004. p.19-34.

LOMBARDI, R. F. e ARBOLEA, T. A. Formando professores pesquisadores do ensino de língua materna. In: CONGRESSO LATINO-AMERICANO SOBRE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA. 1, Florianópolis, Anais... 2006, p. 614-619.

MENDONÇA, M. Análise linguística: por que e como avaliar. In: Marcuschi, B. SUASSUNA, L. (org.). Avaliação em língua portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 95-110.

NÓBREGA, J. J.; SUASSUNA, L. Aula de gramática ou de análise linguística? Investigando objetos de estudo e objetivos norteadores. Linguagens, Educação e Sociedade. Teresina, PI, n. 31, p. 246-269, jul. 2014.

OLIVEIRA, M. B. F. Revisitando a formação de professores de língua materna: teoria, prática e construção de identidades. Linguagem em (Dis)curso. Tubarão, SC, v. 6, n. 1, p. 101-117, jan./abr. 2006.

PETRONI, M. R.; JUSTINO, A. R.; MELO, E. S. O. Ainda sobre a formação do professor de língua portuguesa no Brasil. Interacções, Santarém, PT, n. 19, p. 28-37, 2011.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência: diferentes concepções. Poiésis. Tubarão, SC, vol. 3, números 3 e 4, p. 5-24, 2006.

RAUBER, A. L. A formação do professor de Língua Portuguesa: o diálogo entre teoria e prática. In: MAGALHÃES, J. S.; TRAVAGLIA, L. C. (org.). Múltiplas perspectivas em linguística. Uberlândia/MG: EDUFU, 2008, v. 01, p. 346-356.

REINALDO, M. A. G. M. O conceito de análise linguística como eixo de ensino de língua portuguesa no Brasil. Estudos Linguísticos, n. 8. Edições Colibri/CLUNL, Lisboa, p. 229-241, 2012.

REMENCHE, M. L. R.; ROHLING, N. Análise linguística e formação de professores: um discurso sobre a dicotomia teoria e prática. In: SIMPÓSIO MUNDIAL DE ESTUDOS DE LÍNGUA PORTUGUESA. SIMELP. 5, 2017. Salento. Atas... Salento: Università del Salento, 2017.

SILVA, N. I. Ensino tradicional de gramática ou prática de análise linguística: uma questão de (con)tradição nas aulas de português. Revista Brasileira de Linguística Aplicada. Belo Horizonte, MG, v. 10, n. 4, p. 949-973, 2010.

SILVA, W. R.; FAJARDO-TURBIN, A. E. F. Relatório de estágio supervisionado como registro da reflexão pela escrita na profissionalização do professor. Polifonia, Cuiabá, MT, v. 18, n. 23, p. 103-128, jan./jun., 2011.

SIQUEIRA, R. A. R.; MESSIAS, R. A. L. Reflexão e ações na formação e atuação do professor de língua portuguesa: o diálogo como condição de autoria na prática educativa. In: Linguagem & Ensino, Pelotas, RS, v.11, n.2, p.377-392, jul./dez. 2008.

SUASSUNA, L. Ensino de análise linguística: situando a discussão. In: SILVA, A.; PESSOA, A. C.; LIMA, A. (org.). Ensino de gramática: reflexões sobre a língua portuguesa na escola. Belo Horizonte, MG: Autêntica Editora, 2012, p. 11-28.

TARDIF, M.; LESSARD, C.; LAHAYE, L. Os professores face ao saber: esboço de uma problemática do saber docente. Teoria e Educação, Porto Alegre, RS, v. 04, p. 215-233, 1991.

VIEIRA, S. R. Prática de análise linguística sem ensino de gramática? Reflexões e propostas. In: ATAÍDE, C. et al. (org.). GELNE 40 anos. Experiências teóricas e práticas nas pesquisas em Linguística e Literatura. Paulo: Blucher, 2017, p. 299-318. 

Recebido em 05-01-2021

Revisões requeridas em 28-04-2021

Aceito em 12-05-2021

 

 

Biografia do Autor

Lívia SUASSUNA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - CENTRO DE EDUCAÇÃO - DEPARTAMENTO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO E PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

LICENCIADA EM LETRAS - LÍNGUA PORTUGUESA PELA UFPE

ESPECIALISTA EM LINGUÍSTICA APLICADA AO ENSINO DE PORTUGUÊS PELA UFPE 

MESTRA EM LÍNGUA PORTUGUESA PELA PUC-SP

DOUTORA EM LINGUÍSTICA PELA UNICAMP

Sabrina Leite FELIX, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

LICENCIADA EM LETRAS-PORTUGUÊS PELA UFPE

MESTRANDA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DA UFPE

Downloads

Publicado

01-06-2021

Como Citar

SUASSUNA, L.; FELIX, S. L. SABERES EM MOVIMENTO NO ESTÁGIO DE REGÊNCIA DE TURMA: O ENSINO DE ANÁLISE LINGUÍSTICA POR GRADUANDOS DE LETRAS. Trama, Marechal Cândido Rondon, v. 17, n. 41, p. 09–27, 2021. DOI: 10.48075/rt.v17i41.26732. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/trama/article/view/26732. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Práticas de Estágio(s) em Discussão