O gatilho do monolito: ficcionalização e objeto-arte na metáfora humana cinematográfica de Kubrick pela “Odisseia no espaço”
Palavras-chave:
Ficção científica, Cinema, Efeito estético, Objeto-arte.Resumo
O presente ensaio visa refletir sobre a relação de efeito estético provocada pelo monolito em 2001: uma odisseia no espaço de Arthur C. Clarke e suas intermitências na tradução para o cinema por Stanley Kubrick. A reflexão pauta-se no questionamento de quais seriam as possíveis representações e impactos que o polo artístico desse monolito, enquanto estrutura retangular escura e opaca, pode nos indicar menos daquilo que o adjetiva, e mais de um certo input sígnico ligado ao mistério do que sustenta a necessidade humana de ficcionalizar diante do vazio. Isso se manifesta também como o imperativo de realizar e demarcar feitos em sua própria narrativa/história antropocêntrica em curso, principalmente se registrados pela via formal das artes. Partindo de um olhar interdisciplinar entre a linguagem e as contribuições de Iser sobre efeito estético, em suas bases antropológico-literárias subsumidas dos estudos de Eric Gans, mais especificamente naquilo que elas trazem acerca do papel central da ficcionalização e dos atos de fingir – com vistas a atribuir concomitantemente um sentido à nossa ênfase principal de interpretação –, realizamos uma leitura acerca do monolito que se empreenda pela via da articulação de vazios, resultado e percurso desta nossa proposta de reflexão estética.Downloads
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