O protagonismo do Consejo Mexicano de Fotografia no processo de decolonização da fotografia latino-americana
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v17i3.31548Palavras-chave:
América Latina, Decolonização, Fotografia, Fotografia latino-americanaResumo
O presente artigo é uma revisão de literatura sobre o processo de decolonização da fotografia latino-americana, tendo por objetivo explicitar a importância do Consejo Mexicano de Fotografia (CMF), criado na Cidade do México, como organização protagonista e desencadeadora desse processo. O estudo ancora-se em autores, como Mignolo (2007), que problematiza os pressupostos teóricos acerca da questão da colonialidade latino-americana, bem como Gamarra (2020), Santos (2014), Villares (2016) e Zerwes e Costa (2017), sobre a criação da fotografia e do seu processo histórico no subcontinente. Identificamos o surgimento de uma certa unidade de fotógrafos e estudiosos da fotografia na América Latina, proporcionando a organização de inúmeros conselhos e associações nos países latino-americanos a partir da criação, em 1978 do Conselho Mexicano de Fotografia. O referido conselho surgiu da necessidade em se estudar e pesquisar a fotografia do subcontinente, até então, escassa de análises próprias e dependente da produção europeia e dos Estados Unidos. Assim deu-se início ao movimento de busca por uma identidade genuína em relação à fotografia latino-americana. Esta ação mexicana resultou na organização de conselhos de fotografia em outros países e, também, na realização de cinco edições do evento entre os anos de 1978 a 1996, encontros essenciais para a construção da identidade fotográfica do subcontinente. Desta forma, destacamos a importância desse movimento para a determinação de novos cânones na pesquisa e produção fotográfica na América Latina.
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Referências
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