Brazilian social estratification as literary aesthetics: the violence and the impossibility in “Quarto de despejo”, by Carolina Maria de Jesus

Authors

  • Leandro de Oliveira Lopes Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) https://orcid.org/0000-0003-3250-9402
  • Jaqueline Ferreira Borges Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

DOI:

https://doi.org/10.48075/rt.v14i2.25505
Supporting Agencies

Keywords:

Carolina Maria de Jesus, Quarto de despejo, Symbolic Violence, Silencing.

Abstract

This article treats the symbolic violence that ravages the dailyl life of Carolina Maria de Jesus, black woman and self-taught who lived in the Caninde´s shanty town and wrote about the routine of the oppressed between the years 1955 and 1960. There is a racial and gender issue that permeates all the diary “Quarto de despejo: diário de uma favelada” (1960), in order to highlight the impossibilities overcome, or not, by Carolina, a writer and paper collector. Supported by literary theories and questions about class struggle, racism and realism, the objective of this article is to think about the impossibilities of oppressed groups and how symbolic violence, the impulse of social cruelty, is able to silence the black body and dictate a predestination marked by misery, as well as how this structure od cruelty is represented in literaty work. The methodology of this article of is bibliographic review, having as framework, theorists like Candido (1999), Pellegrini (2005), Ribeiro (2019) and Ribeiro (2014), among other supports that help us to highlight the different scenarios that silence Carolina’s literary and social performance at the expense of hunger, poverty and misery that define the writer of a slum diary and the people of the concrete reality she intended to represent.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Leandro de Oliveira Lopes, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Graduado em Jornalismo pelo Centro Universitário FIAM-FAAM, Mestre em Estudos de Literatura pela Universidade Federal de São Carlos e Doutorando em Estudos de Literatura pela Universidade Federal de São Carlos.

Jaqueline Ferreira Borges, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Graduada em Letras pela Universidade Federal de Goiás, Mestra em Estudos Literários pela Universidade Federal de Uberlândia e Doutoranda em Estudos de Literatura pela Universidade Federal de São Carlos.

References

ANTÔNIO, João. Malagueta, perus e bacanaço. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1963.

ANTÔNIO, João. Corpo-a-corpo com a vida. In: Malhação do Judas Carioca. Rio de Janeiro: Record, 1975. p. 141–151.

ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo: a experiência vivida. Trad. Sérgio Milliet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina: a condição feminina e a violência simbólica. Trad. Maria Helena Kühner. Rio de Janeiro: BestBolso, 2016.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Trad. Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.

BOURDIEU, Pierre. O camponês e seu corpo. Revista de sociologia e política, [s. l.], n. 26, p. 83–92, 2006.

CANDIDO, Antonio. Na noite enxovalhada. Remate de males, [s. l.], v. 19, p. 81–88, 1999.

CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2008.

DALCASTAGNÈ, Regina. (Regina Dalcastagnè). Texto do post. Brasília, 17 jul. 2020. Facebook: usuário Facebook. Disponível em: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2708364599485091&set=a.1392466377741593&type=3&theater Acesso em: 17 jul. 2020.

DANTAS, Eudálio. Prefácio. In: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo. São Paulo: Francisco Alves, [s.1], 1960.

EAGLETON, Terry. Marxismo e crítica literária. Trad. Matheus Corrêa. São Paulo: Editora Unesp, 2011.

JAUSS, Hans Robert. A história da literatura como provocação à teoria literária. Trad. Sérgio Tellaroli. São Paulo: Ed. Ática, 1994.

JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Francisco Alves, 1960.

LIMA, Juliana Domingues de. "Cidadão não, engenheiro": elites e autoritarismo no Brasil. Nexo, 2020. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/entrevista/2020/07/07/%E2%80%98Cidad%C3%A3o-n%C3%A3o-engenheiro%E2%80%99-elites-e-autoritarismo-no-Brasil. Acesso em 17 jul. 2020

PELLEGRINI, Tânia. Realismo e realidade na literatura: um modo de ver o Brasil. São Paulo: Alameda, 2018.

PELLEGRINI, Tânia. Realismo: postura e método. Letras de Hoje, v. 42, n. 4, p. 137-155, 2007.

PERPÉTUA, Elzira. Aquém do Quarto de despejo: a palavra de Carolina Maria de Jesus nos manuscritos de seu diário. Estudos de literatura brasileira contemporânea, [s. l.], n. 22, p. 63–83, 2003.

REBELLO, Aiuri; MADRID, Bruno. Abordado sem máscara, desembargador despreza guarda em Santos: "Analfabeto" UOL, 2020. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/07/19/santos-homem-se-apresenta-como-desembargador-recusa-mascara-e-humilha-cgm.htm Acesso em 21 jul. 2020.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 2014.

RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019a.

RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antiracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019b.

SOUZA, Jessé. Ralé brasileira: quem é e como vive. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Trad. Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. Belho Horizonte: Editora UFMG, 2010.

Published

31-08-2020

How to Cite

LOPES, L. de O.; BORGES, J. F. Brazilian social estratification as literary aesthetics: the violence and the impossibility in “Quarto de despejo”, by Carolina Maria de Jesus. Travessias, Cascavel, v. 14, n. 2, p. e25505, 2020. DOI: 10.48075/rt.v14i2.25505. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/25505. Acesso em: 3 jul. 2024.

Issue

Section

[DT] À MARGEM: RESISTÊNCIAS E REEXISTÊNCIAS NA LITERATURA BRASILEIRA