Advertising discourse and race:
the necessary demarcation of the “other” in Veja magazine in 1970
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v15i3.27705Keywords:
Black Person, Discursive Memory, AdvertisingAbstract
In this paper, we aim to investigate the modes of sense construction in four advertising texts published in 1970 in Veja magazine, which advertise the issues of the History of Brazilian Popular Music. We are interested in evidencing the discursive strategies used to sell a product when the poster boy is black, when he is non-black and when he is white. To achieve these objectives, theoretically, we are affiliated to the assumptions of Pêcheux’s French discourse analysis (1999; 2014); to reflections about race relations Almeida (2019), Bento (2016), Schucman (2014), in addition to issues concerning advertising, Gastaldo (2013), Vestergaard and Schroder (2000) and Cultural Studies, Hall (2016). The relation between the black person and advertising in the 1970s is one of almost total silence, an extension of the racism that pervades the social structure. In the rare moments when this silencing is broken, it is relevant to reflect how the conditions of existence of this discourse are organized, which unites verbal and non-verbal materiality to provoke consumption needs in a target audience aligned with the editorial identity of the magazine and with advertising that considers the racial aspect as a determinant.
Downloads
References
ALMEIDA, Juliano Nogueira. Negrismo e negritude na história da música popular brasileira: entre textos e canções. Intinerários, Araraquara, n. 46, p. 165-184, jan./jun. 2018.
ALMEIDA, Sílvio Luiz de. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen, 2019.
ALTHUSSER, Louis. Ideologia e aparelhos ideológicos de Estado: notas para uma investigação. In: ZIZEK, Slavoj (org.). Um mapa da ideologia. Tradução: Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.
BENTO, Maria Aparecida Silva. Branqueamento e branquitude no Brasil. In: CARONE, Iray; BENTO, Maria Aparecida da Silva (org.). Psicologia social do racismo: um estudo sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2016.
BOSCO, Francisco. Folha explica: Dorival Caymmi. São Paulo: Publifolha, 2006.
CAYMMI, Dorival. Cancioneiro da Bahia. 5. ed. Rio de Janeiro: Record, 1978.
CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. Lisboa: Livraria Sá da Costa editora, 1978.
GASTALDO, Édison. Publicidade e sociedade: uma perspectiva antropológica. Porto Alegre: Sulina, 2013.
HALL, Stuart. Cultura e representação. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio: Apicuri, 2016.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
HOBSBAWN, Eric J. História social do Jazz. Rio de janeiro: Paz e terra, 1990.
INDURSKY, Freda. A memória na cena do discurso. In: INDURSKY, F.; MITTMANN, S.; FERREIRA, M. C. L. (org.). Memória e história na/da análise do discurso. Campinas: Mercado das Letras, 2011. p. 67-89.
LAGNEAU, Gérard. A sociologia da publicidade. São Paulo: Cultrix, 1981.
MARIANO, Agnes. A invenção da baianidade segundo as letras de canções. 2.ed. Salvador: EDUFBA, 2019.
MILANI, Vanessa Pironato. Samba em fascículos: vertentes do gênero na coleção História da Música Popular Brasileira em tempos de consolidação da indústria cultural brasileira. 2015. 240 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, 2015.
MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem conceitual das questões de raça, racismo, identidade e etnia. 3º Seminário Nacional das Relações Raciais e Educação-PENESB. Rio de Janeiro, 5 de nov.2003. Palestra proferida no evento. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2014/04/Uma-abordagem-conceitual-das-nocoes-de-raca-racismo-dentidade-e-etnia.pdf. Acesso em: 15 jun. 2020.
OLIVEIRA, Francisco de. O elo perdido: classe e identidade de classe. São Paulo: Brasiliense, 1987.
PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. 5. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2014.
PÊCHEUX, Michel. Papel da memória. In: ACHARD, Pierre et all. Papel da memória. Campinas: Pontes, 1999.
PEREIRA, Geraldo. História da música popular brasileira. São Paulo: Editora Abril, 1970.
PINHO, Osmundo S. de A. A Bahia no Fundamental: notas para uma Interpretação do discurso Ideológico Da Baianidade. Revista brasileira de Ciências Sociais. São Paulo, v. 13, n. 36, fev. 1998.
PIMENTEL, Djenane de Oliveira. Ética, imprensa e poder: Itamar Franco na cobertura da revista Veja. 2002. 131 f. Monografia - Universidade Federal de Juiz de Fora. Facom.2002.
RISÉRIO, Antônio. Bahia com H: uma leitura da cultura baiana. In: REIS, João José (org.). Escravidão e invenção da liberdade: estudos sobre o negro no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1988.
SCHUCMAN, Lia Vainer. Sim, nós somos racistas: estudo psicossocial da branquitude paulistana. Psicologia e sociedade, v. 26, n. 1, p. 83-94, 2014.
SCHUCMAN, Lia Vainer. Entre o “encardido”, o “branco” e o “branquíssimo”: raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. Tese (Doutorado em Psicologia) – Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.
SILVA, Priscila E. O conceito de branquitude: reflexões para o campo de estudo. In: MÜLLER, Tânia M. P.; CARDOSO, Lourenço. Branquitude: estudos sobre a identidade branca no Brasil. Curitiba: Appris, 2007.
SOULAGES, Jean-Claude. Discurso e mensagens publicitárias. In: CARNEIRO, Agostinho Dias (org.). O discurso da mídia. Rio de Janeiro: Oficina do autor, 1996.
SOVIK, Liv. Aqui ninguém é branco. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2009.
TINHORÃO, José Ramos. História social da música popular brasileira. São Paulo: Editora 34, 1998.
VESTERGAARD, Torben; SCHRODER, Kim. A linguagem da propaganda. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
WIEVIORKA, Michel. O racismo, uma introdução. São Paulo: Perspectiva, 2007.
WOODWARD, Katryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, Tomás Tadeu da; HALL, Stuart; WOODWARD, Kathryn (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2006. p. 7-72.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 - Authors keep the copyright and grant the journal the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License (CC-BY-NC-SA 4.0), which allows sharing the trial with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Creative Copyright Notice
Policy for Free Access Journals
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
1. Authors keep the copyright and grant the journal the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License, which allows sharing the trial with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
2. Authors are authorized to take additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the work version, published in this journal (eg publish in institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
3. Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes, as well as increase both impact and citation of the published trial (See The Effect of Free Access).
Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution–NonCommercial-shareaswell 4.0 International License, which allows you to share, copy, distribute, display, reproduce, completely or part of the work, since there is no commercial purpose, and authors and source are cited.