The poetics of social contestation of slam and rap in contemporary Brazilian literature

Authors

  • Ismael Iladin Universidade do Oeste do Paraná - Unioeste
  • Fátima Sozza Universidade Federal do Paraná - UFPR; Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste https://orcid.org/0009-0003-9591-4197
  • Valdeci Batista de Melo Oliveira Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste https://orcid.org/0000-0002-7623-4087

DOI:

https://doi.org/10.48075/rt.v18i1.32248

Keywords:

Peripheral arts, contestation poetics, slam, rap

Abstract

This article proposes reflections on the effects of hegemonic discourses in historiography and literary criticism that impact peripheral arts, relating their reception to literary and decolonial studies. What we observe is an overvaluation of classical and canonical arts, juxtaposed with an undervaluation of peripheral arts. Thus, the depreciation of arts such as slam and rap is associated with a prejudiced imaginary constructed socially and historically in the perception of poetry closed in on itself, without ethical connection to its production context. In this sense, the objective is to shed light on this cultural bias that permeates artistic conceptions, so that we consider rap and slam from a decolonial perspective. For this reason, we promote reflections based on the assertions of Abreu (2006), Candido (2006), Fish; Hoys-Andrade (2001), Lajolo (1993), Palermo (2018), and Shusterman (1998) and Zumthor (1997) according to whom the paths involved in the reception of artistic text will be exclusively expressive communication (and therefore art) if those who consume it also understand it. Therefore, the final purpose of this work is to provide enhanced contributions to the idea that both slam and rap are arts that can reach their audience regarding the fabulation process. To do this, the method through which we weave our reflections revisits some works belonging to the periphery, such as the slams compiled by Mel Duarte (2019), as well as the song "Capítulo 4, versículo 3" by the group Racionais Mc’s (2023), seeking to analyze them in light of the arguments put forth by the mentioned authors.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Ismael Iladin, Universidade do Oeste do Paraná - Unioeste

Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2005). Atualmente é professor, lotado na Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Tem experiência na área do ensino, com ênfase em Literatura e Linguagem. Mestrando na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), no município de Cascavel, do Programa de Pós-graduação em Letras, área de concentração linguagem e sociedade; linha de pesquisa em Literatura, cultura , memória e ensino.

Fátima Sozza, Universidade Federal do Paraná - UFPR; Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste

Mestre em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (PLE/UEM). Professora extensionista/voluntária da UFPR – Setor Palotina na área de literatura

Valdeci Batista de Melo Oliveira, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste

Doutora em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade de São Paulo (2007). Docente do Curso de Letras da Unioeste/Cascavel. Docente do Mestrado Profissional em Letras (Profletras/Unioeste/Cascavel) e do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL/Unioeste/Cascavel), nível Mestrado e Doutorado. Membra dos Grupos de Pesquisa CNPq: Etnia, Diversidade e Gênero e Linguagem e Sociedade.

References

ABREU, M. Cultura Letrada: Cultura e Leitura. São Paulo: Editora Unesp, 2006.

ALESSI, G. A ‘maré cinza’ de Doria toma São Paulo e revolta grafiteiros e artistas. El País. São Paulo, 24 janeiro 2017. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/24/politica/1485280199_418307.html. Acesso em: 14 nov. 2023.

CALLEGARI, G. Aventuras na História. Uol. 02 janeiro 2020. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-index-igreja-catolica.phtml. Acesso em: 15 nov. 2023.

CAMARGOS, M. Semana de 22: entre vaias e aplausos. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2002.

CAMARGOS, R. Rap e política: percepções da vida social brasileira. São Paulo: Boitempo, 2015.

CANDIDO, A. Literatura e sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.

CARVALHO, A. S. Linguagem, Justiça e Poder: um caminho para a democratização do acesso à Justiça. In: 1º Prêmio Novas Ideias para a Justiça: objetivos e resultados. Brasília: Sindijus-DF, 2006.

CBL. Câmara Brasileira do Livro. Disponível em: https://www.premiojabuti.com.br/premiados-por-edicao/premiacao/?ano=2022. Acesso em: 19 jan. 2024.

D’ANDREA, T. Contribuições para a definição dos conceitos periferia e sujeitas e sujeitos periféricos. Novos estudos Cebrap., São Paulo, v. 39, n. 1, p. 19-36, jan./abr. 2020.

DELEUZE, G. Conversações. Tradução de Peter Pál Pelbart. Rio de Janeiro: Editora 34, 2000.

DUARTE, M. (org.). Querem nos calar: poemas para serem lidos em voz alta. 1. ed. São Paulo: Editora Planeta, 2019.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 49. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010.

FISH, S.; HOYOS-ANDRADE, R. E. Is there a text in this class?. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 36, 2001. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3919. Acesso em: 16 jan. 2024.

GAMA, D. M. H. L. A voz e a vez de dizer: batalhas de poesia em comunidades de periferias em Salvador/BA. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Cachoeira, 2019.

GOLDMAN, L. Sociologia do romance. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1976.

HUTCHEON, L. Poética do pós-modernismo: história, teoria, ficção. Tradução de Ricardo Cruz. Rio de Janeiro: Imago, 1991.

LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993.

LAPOUJADE, D. Deleuze: os movimentos aberrantes. Tradução de Laymert Garcia dos Santos. São Paulo: n-1 edições, 2015.

LITERAFRO. O portal da literatura afro-brasileira. Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte. 2021. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/1217-mel-duarte. Acesso em: 19 jan. 2024.

LUKÁCS, G. A teoria do romance. Tradução de José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: 34, 2007.

NETO, S. Trova ao vento que passa, de Manuel Alegre. Palavra livre. 02 novembro 2022. Disponível em: https://www.palavralivre.com.br/2022/11/trova-ao-vento-que-passa-de-manuel-alegre/. Acesso em: 24 jan. 2024.

NEVES. C, A de B. Slam-Letramentos literários de reexistência ao/no mundo contemporâneo. Linha D’Água (Online), São Paulo, v. 30, n. 2, p. 92-112, out. 2017.

ORNELLAS, S. Da autonomia à pós-autonomia: poesia como crítica do presente (notas de pesquisa). Revista Landa. Florianópolis, v. 1, n. 2, p. 132-151. 2013. Disponível em: https://revistalanda.ufsc.br/PDFs/ed2/Sandro%20Ornellas.pdf. Acesso em: 11 jan. 2024.

PALERMO, Z. Lugarizando Saberes. Caderno de Estudos Culturais: Exterioridade dos Saberes. Campo Grande. V. 2, p. 149-160, jul./dez. 2018.

QUINTERO, P.; FIGUEIRA, P.; ELIZALDE, P. C. Masp Afterall. Uma breve história dos estudos decoloniais. Tradução de Sérgio Molina e Rubia Goldoni. São Paulo. 2019. Disponível em: https://assets.masp.org.br/uploads/temp/temp-QE1LhobgtE4MbKZhc8Jv.pdf. Acesso em: 16 jan. 2024.

RACIONAIS Mc’s. Capítulo 4, Versículo 3. Disponível em: https://www.letras.mus.br/racionais-mcs/66643/. Acesso em: 09 jan. 2024.

SHUSTERMAN, R. Vivendo a Arte: O pensamento pragmatista e a estética popular. Tradução Gisela Domschke. 1998.

SISCAR, M. Poetas à beira de uma crise de versos. In: SISCAR, M. Poesia e crise: ensaios sobre a “crise da poesia” como topos da modernidade. Campinas: EDUNICAMP, 2010, p. 103-16.

ZUMTHOR, P. Introdução à Poesia Oral. São Paulo: Editora HUCITEC, 1997.

Published

27-01-2024

How to Cite

ILADIN, I.; SOZZA, F.; OLIVEIRA, V. B. de M. The poetics of social contestation of slam and rap in contemporary Brazilian literature. Travessias, Cascavel, v. 18, n. 1, p. e32248, 2024. DOI: 10.48075/rt.v18i1.32248. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/32248. Acesso em: 12 may. 2024.

Issue

Section

LITERÁRIA