O CHOQUE CULTURAL ENTRE O DETERMINISMO BANGLADESHIANO E O RACIONALISMO EUROPEU EM BRICK LANE, DE MONICA ALI
Resumo
Analisa-se o choque cultural entre o racionalismo, típico da cultura europeia e o determinismo (que se reduz à impotência) da pessoa oriental, no romance Brick Lane (2003), de Monica Ali. Por um lado, o determinismo incutido na cultura oriental determina aquilo que os personagens acreditam ser suas escolhas. Por outro lado, o racionalismo europeu transforma estes personagens, de modo especial, os femininos. Nazneen, uma jovem bangladeshiana de 18 anos, criada sob os moldes patriarcais, é um exemplo do determinismo no romance. Seu passado, sua educação e sua situação social em sua terra natal determinam sua vida. Assim, num primeiro momento, apresenta-se como submissa, não conseguindo desvencilhar-se da herança patriarcal e da crença no destino, heranças de sua cultura. O objetivo deste artigo é verificar de que maneira o determinismo e a superação do destino são representados nesse romance, tendo em vista a diáspora, processo pelo qual os personagens oriundos do Oriente entram em contato com o Ocidente e, então, com o racionalismo. A metodologia de investigação baseia-se em textos teóricos que discutem o determinismo em oposição ao racionalismo. O rompimento com a tradição e a cultura, especialmente, a luta para superar o destino são instrumentos eficazes para concretizar o processo de subjetificação dos personagens femininos. Os resultados da pesquisa mostram que para se integrar à cultura europeia, os personagens escolhidos para essa análise devem abandonar o determinismo e assumir a própria história pessoal ou da comunidade. PALAVRAS-CHAVE: determinismo; racionalismo europeu; superação do destino; BRICK LANE.Downloads
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