EFEITO DO RISCO DE MAU PROGNÓSTICO PARA DOR NA CAMINHADA DE LOMBÁLGICOS CRÔNICOS: ESTUDO OBSERVACIONAL TRANSVERSAL
DOI:
https://doi.org/10.48075/vscs.v10i1.32665Resumo
Introdução: A dor lombar crônica (DCL) é um distúrbio musculoesquelético de grande prevalência, que pode prejudicar a capacidade funcional do indivíduo. Assim, a velocidade da caminhada é uma das condições mais afetadas. Objetivo: Comparar os parâmetros espaço temporais [frequência de passada (FP), comprimento de passada (CP), e razão de caminhada (R_CP/FP)] entre saudáveis e pacientes com DLC estratificados pelo risco de mau prognóstico para dor. Materiais e métodos: Estudo classificado como exploratório e observacional transversal. Participaram 74 voluntários, divididos em quatro grupos, de acordo com o risco de desenvolver mau prognóstico para dor, classificados por meio do questionário STarT Back Screening Tool, sendo: controle (GC, n=20), baixo risco (GBr, n=21), médio risco (GMr, n=22) e alto risco (GAr, n=11). Os voluntários passaram pelas seguintes sessões ao laboratório: triagem; testes de solo para determinar a velocidade autosselecionada (VAS) e a velocidade ótima de caminhada (VOC); e testes de esteira rolante em 4 velocidades distintas, cada velocidade testada em dias distintos, sendo VAS, VOC, 3 e 4 km∙h-1. Resultados: Nos efeitos de grupo não foram encontradas variáveis e nem no efeito da interação grupo*velocidade. Porém, encontrou-se efeitos da velocidade para CP [Wald χ2 (3) = 26,898, p < 0,001] e FP [Wald χ2 (3) = 25,156 p = < 0,001], mas não para o R_CP/FP [Wald χ2 (3) = 5,686, p = 0,128]. Conclusão: O risco de mau prognóstico não afetou os desfechos. A velocidade afetou a FP e o CP, mas não a R_CP/FP.