ANSIEDADE, DEPRESSÃO E ESTRESSE DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.48075/vscs.v11i1.34667Resumo
Objetivo: Investigar os níveis de ansiedade, depressão e estresse da equipe de enfermagem, em tempos de pandemia covid-19, e os fatores que os influenciam. Método: estudo quantitativo, descritivo, observacional, transversal, seguindo as diretrizes Strengtening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE). A amostra foi constituída pela equipe de enfermagem de uma Unidade de Terapia Intensiva Geral de um hospital universitário público do Paraná. A coleta de dados ocorreu entre os meses de abril a julho de 2020, por meio de formulário eletrônico enviado via e-mail aos participantes. Todas as normativas da Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde foram atendidas. Os dados foram compilados em planilhas do Microsoft® EXCEL 2010, processados e analisados no programa Statistical Package for the Social Sciencies (SPSS) versão 26.0. Resultados: dos 45 (71,4%) profissionais que participaram, 22,1% apresentaram ansiedade; 19,9% depressão; e 24,4% estresse, sendo que possuir outro vínculo empregatício foi o fator que apresentou associação estatisticamente significativa com a ansiedade e estresse, enquanto os níveis de satisfação no trabalho apresentaram associação significativa com a depressão. Conclusão: os níveis de ansiedade, depressão e estresse entre os profissionais de enfermagem foram considerados predominantemente normais, conforme a escala DASS-21. O maior escore de pontuação foi a subescala estresse, seguida pela subescala depressão. Não ter outro vínculo empregatício apresentou-se como um fator preditor para não desenvolver ansiedade e estresse, e a satisfação no trabalho impactou positivamente na avaliação da depressão.