Descartes no banco dos réus

a questão do paradigma disciplinar na ciência e na educação

Autores

  • Jeferson Wruck Unioeste

DOI:

https://doi.org/10.48075/ra.v10i2.30317

Resumo

O objetivo deste artigo é discutir algumas acusações levantadas contra o Descartes que o apontam como culpado pela formação de um paradigma que dificulta o diálogo interdisciplinar no meio científico e escolar. O método cartesiano, com sua proposta de divisão e subdivisão dos problemas de pesquisa, teria levado como consequência lógica de sua aplicação à compartimentalização do conhecimento em disciplinas superespecializadas. Com a elaboração de metodologias e vocabulários cada vez mais específicos, as ramificações da ciência foram perdendo gradativamente a capacidade de interligação e, assim, desfiguraram, em sua infinita fragmentação, a unicidade do saber. Neste trabalho, recorremos a textos de Descartes para argumentar que é equivocada a alegação de que o filósofo foi o um defensor da rígida compartimentalização das disciplinas; e procuramos demonstrar por meio de suas próprias palavras que, ao contrário da opinião difundida levianamente por seus detratores, Descartes foi um ferrenho defensor da unificação do conhecimento humano.

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Publicado

14-03-2023

Como Citar

WRUCK, J. Descartes no banco dos réus: a questão do paradigma disciplinar na ciência e na educação. Alamedas, [S. l.], v. 10, n. 2, p. 36–48, 2023. DOI: 10.48075/ra.v10i2.30317. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/alamedas/article/view/30317. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos e Ensaios