O “ateísmo” antropológico de Ludwig Feuerbach
uma proposta de restauração do ser humano sensorial
DOI:
https://doi.org/10.48075/ra.v11i2.32113Resumo
O pensamento de Ludwig Feuerbach tem como proposta fundamental a compreensão dos fenômenos religiosos através da redução desses fenômenos à dimensão humana. Dessa forma, buscarei aqui entender em que aspectos a filosofia de Feuerbach não deve ser caracterizada meramente como uma “filosofia ateísta”, mas sim, como uma antropologia humanista ou uma nova filosofia que tem no cerne de seu entendimento a compreensão do ser humano a partir do próprio ser humano enquanto sensorialidade. Nossas hipóteses são de que Feuerbach, por ter tratado acerca do tema da religião acabou sendo relegado apenas como um hermeneuta do cristianismo ou ateu inveterado, o que não parece ser completamente aceitável. Sua filosofia buscou, acima de qualquer coisa, a confirmação de uma antropologia fundada no ser humano sensível, o qual existem condições que predispõem a existência da sensorialidade humana tais como moradia, alimento, educação, trabalho, mas que, ao que parece, foram temas relegados no pensamento feuerbachiano. Feuerbach buscou na religião apenas o alicerce para sua defesa final: o ser humano completo. Nossas conclusões foram de que apesar de Feuerbach ser tratado como “ateu missionário” ou “ateu inveterado” ou até mesmo um mero crítico da religião, buscou sempre, mesmo que de forma não tão explícita, resgatar os homens de sua condição religiosa insensível, sem a mediação com o conteúdo material do mundo. Em suma, Feuerbach foi um dois maiores precursores da antropologia moderna, visto que centralizou o homem na questões terrenas.
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