O pensiero debole de Gianni Vattimo e Pier Aldo Rovatti
DOI:
https://doi.org/10.48075/ra.v12i3.33066Palavras-chave:
Pensiero debole, Gianni Vattimo, Pier Aldo Rovatti, Filosofia ContemporâneaResumo
Propõe-se um estudo sobre o conceito de pensiero debole, proposto por Gianni Vattimo e Pier Aldo Rovatti, tomado como uma noção de pensamento filosófico contemporâneo, que tem atraído atenção significativa. Este modo conceitual desafia os fundamentos tradicionais do pensamento filosófico e procura minar a noção de verdade absoluta. A partir da obra “Il pensiero debole”, especificamente da “Premessa”, escrita por Vattimo e Rovatti (2011), investigamos como aquela noção enfatiza a ambiguidade e a incerteza inerentes à existência humana, e como os autores argumentam que nossa compreensão da realidade sempre depende de nossas perspectivas e interpretações subjetivas. Ao abraçar esse panorama, o pensiero debole abre novas possibilidades de diálogo e pluralismo no discurso filosófico – ou seja, institui novo terreno para a exploração intelectual filosófica contemporânea. Nas últimas décadas, a discussão em torno da “crise da razão” tem ganhado grande destaque na cultura filosófica italiana. Este debate revelou que não há mais uma narrativa abrangente da história, bem como nenhum conhecimento universal que possa unificar o conhecimento específico em uma suposta “verdadeira” compreensão do mundo. No entanto, houve casos em que formas novas e limitadas de racionalidade foram estabelecidas apressadamente, marcando improváveis “retornos” aos valores tradicionais. A partir dessa premissa, procuramos, aqui, aprofundar essa questão, a partir da ideia (ou conceito) de “pensiero debole” (pensamento fraco) apresentado por Vattimo e Rovatti (2011). Em “Il pensiero debole”, várias vozes, mesmo de diferentes campos disciplinares que podem não se alinhar, propõem uma abordagem mais radical: e, assim, o que é provisoriamente referido como “pensamento fraco” visa ruir a resistência que persiste das noções entrincheiradas de razão. Por isso, nesse momento, nos referimos especificamente à análise da “Premessa” do livro, texto que segue sem tradução para o mercado editorial brasileiro, com o intuito de nos aprofundar sobre o caminho pelo qual os autores constroem um modo de pensar filosófico da contemporaneidade: a compreensão de um conceito de verdade mais fluido, preciso e aceitável, o qual só pode acontecer se nos libertarmos dos resquícios do racionalismo moderno. Conforme os filósofos, essa perspectiva alternativa de pensamento pode ser menos reconfortante, mas, certamente, nos aproxima da realidade vigente e, consequentemente, oferece maior praticidade.
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