"O que quer uma mulher?"
uma experiência parrhesiásta em torno dos enigmas da feminilidade
DOI:
https://doi.org/10.48075/ra.v12i2.33136Palavras-chave:
Feminilidade, Foucault, Gozo, Parrhesía, Psicanálise freudo-lacanianaResumo
Em resposta à questão “afinal, qual é a tese da tua Tese?”, esta tese afirma que a parrhesía se contrapõe à submissão e ao sofrimento psíquico, possibilitando a invenção e a expressão da feminilidade, seja por meio da palavra falada ou escrita. Portanto, estuda o conceito de parrhesía relacionado com a mulher, por meio das práticas do franco-falar sobre si, que são operadas em sua construção da feminilidade. Suas principais referências bibliográficas são os últimos três cursos desenvolvidos por Foucault e textos psicanalíticos de Freud a Lacan. Seu objetivo é discutir os enigmas da feminilidade a partir da questão posta pela clínica psicanalítica “O que quer uma mulher?”, em sua articulação ao conceito de parrhesía elucidado por Foucault. Elegeram-se a narrativa literária Antígona, peça de Sófocles; O Caso Dora, texto em que Freud relata clinicamente a história de Ida Bauer; referências a Safo de Lesbos, Aspásia de Mileto, Hildegarda de Bingen, Christine de Pisan, Mary Wollstonecraft, Marie-Olympe de Gouges; Lou Andreas-Salomé, Gabriela Mistral e da brasileira Nísia Floresta, Mulheres parrhesiástas que desconfiaram da solidez das formulações teóricas clássicas, patriarcais, fortemente excludentes, apostando, com irreverência, nos caminhos tangenciais. Ao final, a Tese discute o gozo suplementar como próprio da sexualidade feminina, sustentando uma posição de abertura para o ‘querer’ da mulher, manifestado em ato por meio da parrhesía.
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