A beleza interessada

a crítica de Nietzsche à estética de Kant

Autores/as

  • Matheus Sampaio Benites Correia PUC-Rio

DOI:

https://doi.org/10.48075/ra.v12i1.32737

Palabras clave:

Friedrich Nietzsche, Immanuel Kant, Estética, Beleza

Resumen

Este trabalho propõe uma análise da crítica de Nietzsche à estética de Kant com foco na noção de beleza. Kant argumentou, em sua Crítica da faculdade de julgar, que a apreciação estética do belo ocorre de modo desinteressado, promovendo uma suspensão dos instintos sensíveis e racionais. Nietzsche contestou essa visão na Genealogia da moral, argumentando que a apreciação do belo está intrinsecamente relacionada aos nossos desejos, paixões e interesses individuais. Primeiro passando pela leitura de Heidegger, de que Nietzsche, devido à influência de Schopenhauer, tenha talvez interpretado equivocadamente a Kant, o artigo busca mostrar a interpretação de Nietzsche da “beleza desinteressada” enquanto fruto da má consciência em vista de desacreditar haver algo como não-egoísmo. Em seguida, expõe a argumentação apoiada na compreensão de que o belo estimula nossas forças, vivências e desejos, dando sustento à noção de beleza interessada. Por fim, a partir da concepção epistemológica do perspectivismo, aborda-se a rejeição de Nietzsche da noção de sujeito transcendental de Kant e do modo como, ausente de sujeito, restam apenas as forças e suas dinâmicas de vontade de poder.

Publicado

13-06-2024

Cómo citar

CORREIA, M. S. B. A beleza interessada: a crítica de Nietzsche à estética de Kant. Alamedas, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 128–140, 2024. DOI: 10.48075/ra.v12i1.32737. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/alamedas/article/view/32737. Acesso em: 17 jul. 2024.

Número

Sección

Artigos e Ensaios