A estrutura ontológica da linguagem em Ser e tempo

Autores

  • Tatiane Boechat

DOI:

https://doi.org/10.48075/ra.v1i1.235

Resumo

Apesar da problemática da linguagem ser tratada de modo mais incisivo nas etapas posteriores do pensamento de Heidegger, é no período que culmina com Ser e tempo que o presente artigo circunscreve esta questão.  Seguindo o delineamento da noção de linguagem nessa obra, abordaremos alguns existenciais fundamentais do Dasein que possibilitam uma interpretação originária da linguagem. Existenciais significam as estruturas ontológicas da existência. Os modos de abertura a serem analisados são: compreensão (Verstehen), interpretação (Auslegung) e proposição (Aussage). Ao considerarmos a co-originariedade dos existenciais visualizaremos a dimensão ontológica que a linguagem assume através da noção de discurso (Rede). O discurso viabiliza as proposições lógico-semânticas por caracterizar-se como estruturação prévia de sentido. Para tanto, considera-se a proposição como caráter derivado do discurso. Em Heidegger, a linguagem não se explica a partir de sua dimensão comunicativa ou desde o fenômeno da expressão, eles são conseqüência do caráter de ser-em (In-sein) do Dasein. A estruturação do como hermenêutico na analítica existencial perfaz o movimento mesmo da linguagem ao supor que sentido é algo no qual nos movemos. A abordagem da linguagem em Ser e tempo, abre a dimensão hermenêutica em que Heidegger apóia o seu pensamento posterior.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

BOECHAT, T. A estrutura ontológica da linguagem em Ser e tempo. Alamedas, [S. l.], v. 1, n. 1, 2000. DOI: 10.48075/ra.v1i1.235. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/alamedas/article/view/235. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos e Ensaios