O abismo invoca o abismo:

uma meditação sobre o pensar e o ser

Autores

  • Marco Aurélio Fernandes

DOI:

https://doi.org/10.48075/aoristo.v2i2.23249
Agências de fomento

Palavras-chave:

Pensar, Ser, Abismo

Resumo

O artigo não é sobre Heidegger, mas sobre a coisa do pensar, para a qual ele acenou. A meditação procura pensar o relacionamento entre o pensar e o ser tal como se dá na dimensão da facticidade e da existência do humano, que é, ele mesmo, um abismo. O pensar se mostra como espera do inesperado e como memória criativa. A espera do inesperado não é um adiar do pensar, mas sim uma insistência na serenidade da clareira do ser. A memória criativa é memória do porvir e concentração do pensamento que busca resgatar no pensado o impensado. O pensar do pensamento de até agora se erige como representação. A sua finitude, porém, testemunha o toque e o apelo do ser. O ser, no pensar de até agora, se deu como parousía, isto é, como advento à presença e como vigência atual, do presente. O traço fundamental do ser repousa no desencobrimento e na atualidade. O outro pensar, porém, que se dispõe ao outro princípio e à principialidade, é reivindicado, possibilitado e pro-vocado e conduzido ao seu próprio desde o abismo do mistério do
ser.

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Publicado

20-09-2019

Como Citar

FERNANDES, M. A. O abismo invoca o abismo:: uma meditação sobre o pensar e o ser. Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 41–64, 2019. DOI: 10.48075/aoristo.v2i2.23249. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/aoristo/article/view/23249. Acesso em: 28 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: I Encontro Paranaense de Estudos sobre Heidegger (Toledo – Unioeste, 2019)