A hermenêutica é um conservadorismo?

Autores

  • Felipe Ribeiro

DOI:

https://doi.org/10.48075/aoristo.v3i2.26506
Agências de fomento

Palavras-chave:

Gadamer, Hermenêutica, aplicação, Habermas, conservadorismo

Resumo

Esse artigo busca apresentar e responder à objeção feita especialmente por Habermas, segundo a qual a hermenêutica gadameriana conteria um conservadorismo que absolutiza a tradição. Contra isso, buscaremos reconstruir a tese exposta em Verdade e método de que a interpretação é também aplicação, o que permite que a tradição interpretada seja reformulada e retraduzida para responder a problemas práticos do presente e do intérprete. Uma reflexão que Gadamer retira tanto da ética aristotélica quanto da hermenêutica jurídica. Com isso, veremos com detalhe que a hermenêutica não só reitera em bloco a tradição de maneira acrítica, mas inclui a possibilidade seja de revisão da tradição, seja ainda de sua recusa. À luz de tal reconstrução, poderemos reconhecer uma certa arbitrariedade presente nas críticas habermaianas.

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Publicado

06-12-2020

Como Citar

RIBEIRO, F. A hermenêutica é um conservadorismo?. Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 108–123, 2020. DOI: 10.48075/aoristo.v3i2.26506. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/aoristo/article/view/26506. Acesso em: 4 maio. 2024.