Mercado público de Porto Alegre e arquitetura eclética

da proteção de matriz africana ao controle psicossocial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/aoristo.v7i3.34396

Palavras-chave:

Mercado público, religiões afro-brasileiras, arquitetura, controle psicossocial

Resumo

O estudo realiza uma análise histórico-crítica de como os cidadãos de Porto Alegre vivenciaram as mudanças estruturais e as instrumentalizações de controle psicossocial nas décadas de 1910 e 1920, com foco no Mercado Público (MP). O objetivo é explicitar como a estrutura do mercado funcionava, simultaneamente, enquanto um dispositivo de segurança cultural e controle psicossocial sobre os corpos nas relações de consumo de bens e serviços. Investiga-se em que contexto foram introduzidos os dispositivos de segurança cultural e de controle panóptico arquitetônico, ou seja, quais são as diferentes concepções de segurança presentes no MP. Para interpretar esse fenômeno histórico arquitetônico, são utilizadas referências como “Porto Alegre, Arquitetura e Estilo – 1880 a 1930” de Bárbara Schäffer e “Vigiar e Punir” de Foucault. Primeiramente, descreve-se a edificação, a origem arquitetônica do entorno do MP e a inclusão da religiosidade popular do Batuque gaúcho. Em seguida, reconstrói-se o sistema de controle panóptico por meio das funções arquitetônicas. Por fim, refletem-se as diferentes formas de segurança no contexto do mercado, a saber, a segurança cultural e a função panóptica de controle e policiamento, especialmente durante as reformas do MP. A pesquisa interdisciplinar conecta a Psicologia Social e Institucional com a Arquitetura e Estética, oferecendo um diagnóstico atual do ecossistema urbano do MP.

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Publicado

08-11-2024

Como Citar

BAVARESCO, A.; STREIT, H. Mercado público de Porto Alegre e arquitetura eclética: da proteção de matriz africana ao controle psicossocial. Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics, [S. l.], v. 7, n. 3, p. 150–160, 2024. DOI: 10.48075/aoristo.v7i3.34396. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/aoristo/article/view/34396. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Quinto tempo - Estética da Exclusão, Arquitetura e Controle Psicossocial dos Corpos