Necessidade e interesse da razão:
fim ou início da metafísica?
DOI:
https://doi.org/10.48075/rd.v6i1.25069Resumo
Conforme aponta Kant, no prefácio da primeira edição da CRP (1781), ainda que a razão reflita, por um lado, a impossibilidade de se esquivar para sempre de um gênero de questões, por outro, exige que as mesmas sejam respondidas e investigadas. Isto é, impelida por si própria, a razão se vê enredada em questões metafísicas, das quais precisa dar conta como parte de sua tarefa. Nesse sentido, ela tem de atender a certas necessidades puramente racionais, para além do domínio cognitivo. As investigações metafísicas trazidas pelo racionalismo e pelo empirismo não alcançaram a solidez almejada para a razão filosófica, pois, enquanto ainda insuficientes metodicamente, o primeiro fazia afirmações sem fundamento e o segundo colocara em xeque as bases da própria razão. Para resolver as questões nesse campo de batalhas, Kant inicia a CRP propondo refletir e espelhar-se no método empregado pelas ciências que obtiveram sucesso (lógica, matemática e física), buscando imitá-las. Assim, cogita-se como sendo também produtivo a razão, na solução dos conflitos interiores gerados por questões que se impõem necessariamente a ela, essa alteração de método que se denomina revolução copernicana. Parece que deste modo são suspensos o caráter paradoxal e o clima de querela interminável, desde as consequências extraídas, para o todo da razão, da aplicação da revolução copernicana à metafísica (filosofia). Pois graças a isso é que a razão desperta para o caráter genuíno e legítimo da necessidade presente nela, de encaminhar respostas às questões que nascem em seu interior.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.