COORDENAÇÃO DE SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS E A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE INFORMAÇÕES: UM ESTUDO NA CADEIA PISCÍCOLA NO PARANÁ
DOI :
https://doi.org/10.48075/revex.v18i1.19334Mots-clés :
Custos de transação e mensuração. Gestão da cadeia de suprimentos. Piscicultura.Résumé
O fluxo de informação entre os diferentes agentes de uma cadeia produtiva é tão importante estrategicamente quanto o fluxo de bens e serviços. Neste artigo, busca-se discutir a importância do fluxo de informações para a coordenação em cadeias produtivas, a partir de três perspectivas teóricas. As três abordagens consideradas são Supply Chain Management (SCM), Economia dos Custos de Transação (ECT) e a Economia dos Custos de Mensuração (ECM). O objetivo está m compreender como a estrutura de governança e a mensuração contribuem para fornecer suporte à coordenação do fluxo de informação propostos pela SCM nas transações. Tomando como objeto o SAG da Piscicultura no Oeste do Paraná, buscou-se relacionar discussões teóricas com a realidade empírica dessa cadeia. Para tanto, adotou-se metodologia de caráter qualitativo, por meio de um estudo exploratório, que envolveu a coleta de dados por intermédio de pesquisa bibliográfica, documental e de entrevistas. Os principais resultados demonstraram como falhas no fluxo de informação podem ser entendidas a partir das três abordagens propostas e, sobretudo, como influenciam negativamente o desempenho e o desenvolvimento da cadeia. Defendem-se ações para intensificar o fluxo de comunicação entre os elos, com maior frequência e que tenha como foco maior cooperação quanto a coordenação de esforços comuns.
Références
AGÊNCIA BRASIL. Produção de tilápia aumenta 9,7% no Brasil, diz IBGE. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2016-09/producao-de-tilapia-aumenta-97-no-brasil-diz-ibge>. Publicado em: 29. Setembro. 2016.
ALFALLA-LUQUE, R.; MEDINA-LOPEZ, C. Supply chain management: unheard of in the 1970s, core to today’s company. Business History, 51(2): 202-221, 2009.
ALCHIAN, A.; DEMSETZ, H. Production, Information Costs, and Economic Organization. The American Economic Review, v. 62, n. 5, p. 777-795, dec., 1972.
ALVARENGA NETO, R. D. C. Gestão do conhecimento em organizações. Curitiba: Saraiva, 2002.
BARZEL, Y. Measurement Cost and the Organization of Markets. Journal of Law and Economics, Vol. 25, No. 1, pp. 27-48, Apr., 1982.
________ . A Theory of the State. Cambridge University Press: Cambridge, 2002.
________. Organizational forms and measurement costs. Journal of Institutional and Theoretical Economics, 161, p. 357–373, 2005.
BAUMOL, W. J .Williamson’s The Economic Institutions of Capitalism. The RAND Journal of Economic, v. 17, n. 2, p. 279-286, Summer, 1986.
BEGNIS, H. S. M.; PEDROZO, E. A.; ESTIVALETE, V. de. F. Cooperação como Estratégia segundo diferentes perspectivas teóricas. Revista de Ciências da Administração. v. 10, n. 21, p. 97-121, mai./ago. 2008.
CAMARA DE NOTICIAS. Brasil importa mais de 1/3 do pescado consumido, destaca Ministério da Agricultura. Disponível em:< http://www2.camara.leg.br/camaranoticias%20 /noticias/RELACOES-EXTERIORES/501055-BRASIL-IMPORTA-MAIS-DE-13-DO-PESCADO-CONSUMIDO,-DESTACA-MINISTERIO-DA-AGRICULTURA.html>. Publicado em: 02. Dez. 2015.
COOPER, M. C.; LAMBERT, D. M.; PAGH, J. N. Supply Chain Management: more than a new name for logistics. The International Journal of Logistics Management,vol.8(1) 1997.
CHANG, C.W. CHIANG, D.M. PAI, F.Y. Cooperative strategy in supply chain networks. Industrial Marketing Management, v. 41, pp. 1114-1124, 2012.
CROOK T. R. et al. Organizing around transaction costs: what have we learned and where do we go from here? Academy of Management Perspectives. Vol.27. No.1. 63-79, 2013.
DEAKIN, S.; LANE, C.; WILKINSON, F. Contract Law, Trust Relations, and Incentives for Co‐operation: A Comparative Study. In Deakin, S., Michie, J., (eds.). Contracts, Cooperation and Competition (pp.105‐139). Oxford, Oxford University Press, 2001.
DE SORDI, J. O.; MEIRELES, M. Arranjo produtivo local ou aglomerado de empresas? Distinção por atributos associados à temática transferência de informação. RAP – Revista de Administração Pública — Rio de Janeiro 46(3):775-94, maio/jun. 2012.
DYER, J. H.; SINGH, H. The relational view: Cooperative strategy and sources of interorganizational competitive advantage. Academy of Management Review, 23(4) 1998.
FARINA, E. M. M. Competitividade e Coordenação de Sistemas Agroindustriais: Um Ensaio Conceitual. GESTÃO & PRODUÇÃO, v.6, n.3, p. 147-161, dez. 1999.
GAZETA do POVO. PR investe na produção de tilápia e se torna referência nacional. Publicado em: 27/06/2016. 19:06hs - Andrea Côrtes. Disponível em: http:// http://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/pecuaria/aquicultura/pr-investe-na-producao-de-tilapia-e-se-torna-referencia-nacional-7lmpn5c36y1nwhacu4dt4j4n1> Acesso: 06.09.2016.
GEREFFI, G.; HUMPHREY, J.; STURGEON, T. The governance of global value chains. Review of International Political Economy, 12(1): 78-104, 2005.
GRANDORI, A. SODA, G. Inter-firm Networks: Antecedents, Mechanisms and Forms. Organization Studies, v. 16, n.2, Mar, pp. 183-214, 1995.
GUANZIROLI, C. E.; BUAINAIN, A. M.; DI SABBATO, A. Dez Anos de Evolução da Agricultura Familiar no Brasil: (1996 e 2006). RESR – Revista de Economia e Sociologia Rural, Piracicaba-SP, Vol. 50, Nº 2, p. 351-370, Abr/Jun 2012 – Impressa em Maio de 2012.
HARLAND, C. M. Supply Chain Management: relationships, chains and networks. British Journal of Management, vol. 07, special issue, March 1996.
HELPER, S.; SAKO, M. Management innovation in supply chain: appreciating Chandler in
the twenty-first century. Industrial and Corporate Change, Volume 19, Number 2, pp. 399–429, 2010. doi:10.1093/icc/dtq012.
JARILLO, J. C. On strategic networks. Strategic Management Journal. v. 9. p.31-41, 1988.
KERLINGER, F. N. Metodologia da pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo: EPU, 1980.
KLEIN, B.; CRAWFORD, R.G; ALCHIAN, A. A vertical integration, appropriable rents, and the competitive contracting process. The Journal of Law and Economics, v.21, n.2, 1978.
LAZZARINI, S., CHADDAD, F.; COOK, M. Integrating Supply Chain and Network Analysis: The Study of Netchains. Journal on Chain & Network Science, n.1, p.7-22, 2001.
MARTINELLI JÚNIOR, O. O quadro regulatório dos mercados internacionais de alimentos:
Uma análise de seus principais componentes e determinantes. Economia e Sociedade, Campinas, v. 22, n. 2 (48), p. 521-545, ago. 2013.
MÉNARD, Claude. The economics of hybrid organizations. Journal of Institutional and
Theoretical Economics, JIT 160, p. 345-376, 2004.
MENTZER, J. T. et al. Defining Supply Chain Management. Journal of Business Logistics, Vol. 22, No. 2, pp. 1–26, 2001.
MONTEIRO, G. F. A.; ZYLBERSZTAJN, D. Direitos de propriedade, custos de
transação e concorrência: o modelo de Barzel. Economic Analysis of Law Review. V.2(1), 95-114,2011.
MORAES, J. L. A. de. O papel dos Sistemas e Cadeias Agroalimentares e Agroindustriais na formação das aglomerações produtivas dos territórios rurais. COLÓQUIO - Revista do Desenvolvimento Regional - Faccat - v. 10, n. 1, jan./jun. 2013.
NORTH, D. Institutions. Journal of Economic Perspective, v. 5, n. 1, p. 97-112, 1991.
OMTA, S.W.F. HOENEN, S.J. Fundamental perspectives on supply chain management. Journal on Chain and Network Science, v. 12, n. 3, 2012, pp. 199-214.
ORMOND, J. G. et al. Agricultura orgânica: quando o passado é futuro. Rio de Janeiro: BNDES Setorial, n.15, mar 2002. p. 3-34.
PANORAMA DA AQUICULTURA. Produção de peixe deve crescer 22% no Paraná em 2016. Disponível em: < http://www.panoramadaaquicultura.com.br/novosite/?p=5573>. Acesso em: 16.set.2016.
PROGRAMA OESTE EM DESENVOLVIMENTO. Câmara técnica do Peixe. Disponível em:<http://www.oesteemdesenvolvimento.com.br/planejamento/camaras-tecnicas/cadeia-produtiva-proteina-animal-peixe> Acesso em: 10. Setembro.2016.
SAES, M. S. M. Como adquirir vantagens competitivas sustentáveis: quatro abordagens teóricas. In: SAES, M. S. M. Estratégias de diferenciação e apropriação de quase-renda na agricultura: a produção de pequena escala. São Paulo: Annablume, Fapesp, 2009.
SAKO, M. Prices, Quality, and Trust: Inter‐firm Relations in Britain and Japan, Cambridge, Cambridge University Press, 1992.
SNA – Sociedade Nacional de Agricultura. Consumo de pescado no Brasil está abaixo do recomendado pela OMS. Disponível em: < http://sna.agr.br/consumo-de-pescado-no-brasil-esta-abaixo-do-recomendado-pela-oms/>. Publicado em: 01.set. 2015.
TRIENEKENS, J.H. et al. Transparency in complex dynamic food supply chains. Advanced Engineering Informatics, v. 26, pp. 55-65, 2012.
VIEIRA, E. A percepção da informação e da sua relevância no cenário institucional: sob a perspectiva de gestores e líderes. Cad. EBAPE FGV. v. 12, Ed. Esp, Rio de Janeiro,2014.
ZANELLI, J.C. Pesquisa qualitativa em estudos da gestão de pessoas. Estudos de Psicologia. 7 (Num. Especial). 79-88. UFSC, 2002.
ZYLBERSZTAJN, D. FARINA, E.M.M.Q. Strictly Coordinated Food Systems: Exploring the Limits of the Coasian Firm. International Food and Agribusiness Management Review, v. 2, n. 2, pp. 249-265, 1999.
ZYLBERSZTAJN, D.; NOGUEIRA, A.C.L. Estabilidade e difusão de arranjos verticais de produção: uma contribuição teórica. Economia e Sociedade, Campinas, v. 11, n. 2 (19), p. 329-346, jul./dez. 2002
ZYLBERSZTAJN, D.; CALEMAN, S.M.Q. Organizational Tolerance: explaining diversity of complex institutional arrangements. In Food Value Chain Network in the 21st century: international challenges and opportunities, Madrid: Agricola Espanhola S.A, 157-173, 2012.
WAHEEDUZZAMAN, A. N. M. Competitiveness, Human Development and Inequality: A cross- national comparative inquiry. Competitiveness Review, v. 12, n. 2, p. 13-29, 2002.
WILLIAMSON, O. E. The economic institutions of capitalism. New York: Free Press, 1985.
____________. Comparative Economic Organization: The Analysis of Discrete
Structural Alternatives. Administrative Science Quarterly, v. 36, n.2, p.269-296, Jun, 1991.
_____________. Strategy research: Governance and competence perspectives. Strategic Management Journal, 20, 1087–1108, 1999.
_____________. The New Institutional Economics: Taking Stock, Looking Ahead. Journal of Economic Literature, v. 38, pp. 595–613, September, 2000.
_____________. Outsourcing: Transaction Cost Economics and Supply Chain
Management. Journal of Supply Chain Management, vol. 44, n. 2, April 2008.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.