Como realizar a contextualização social das obras clássicas da política?
DOI:
https://doi.org/10.48075/rtc.v26i52.24497Keywords:
Contextualismo social, Teoria Política, Democracia, Neal Wood, Ellen Wood.Abstract
A proposta de construir um conceito moderno de democracia – mais “substantivo” do que os mais conhecidos e aceitos pelo mainstream da Ciência Política – gerou a necessidade de aproveitar a história da ideia e da prática democrática. Contudo, uma leitura direta das obras de Platão e Aristóteles – sem referências ao “contexto” para além do indicado por eles, como sugeriu Leo Strauss – levaria a crer que a democracia não funcionou porque o povo não foi capaz de tomar boas decisões políticas; uma leitura por meio do contextualismo linguístico de Quentin Skinner seria difícil porque são raras as obras do período que foram preservadas, de modo que seria difícil delinear o contexto intelectual (ou ideológico) do período; então, optamos pela contextualização social – proposta e realizada por Neal Wood e Ellen Meiksins Wood – que mostra que os autores gregos clássicos estavam engajados no conflito e queriam que a oligarquia voltasse a governar sem a participação do povo, sobretudo do cidadão-camponês, trabalhador “livre”. A proposta é apresentar como realizar uma contextualização social detalhada que permita situar autores no conflito político do momento em que viveram e escreveram suas obras, partindo de um roteiro sistematizado por meio de “tabelas” que foram formuladas a partir da exposição de Neal Wood – no artigo The social history of political theory (1978). A versão apresentada corrige e completa a primeira versão (Silva, 2016), considerando as dificuldades encontradas na aplicação do método para contextualizar socialmente alguns autores e autoras.Downloads
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