A extensão de direitos fundamentais ao animal não-humano no sistema constitucional latino-americano
The extension of fundamental rights to non-human animal in the latin american constitutional system
DOI:
https://doi.org/10.48075/csar.v29i49.31762Keywords:
Latin American constitutionalism, Animal rights, PachamamaAbstract
This work deals with the treatment of domestic animals in the Latin American constitutional system, questioning the common sense that considers animals to be mere objects. The aim was to carry out a constitutional analysis of Animal Law, which goes beyond anthropocentric thinking, which has been challenged by the biocentric perspective. In addition, the division of powers provided for in the Federal Constitution was examined from the perspective of fundamental rights and the theory of ecological dignity. The method used was the dialectical one, through which conclusions are built from the opposition of antagonistic premises. Among the results obtained was the incongruity between the provisions of the Civil Code of 2002 and the Federal Constitution of 1988 and the constitutional diplomas of Ecuador and Bolivia. In view of this, the aim is to contribute to the debate on animal protection, so that the reader begins to question the possibility of animals no longer being recognized by the Brazilian legal system as things.
References
ANTUNES, Paulo de Bessa. Federalismo e Competências Ambientais no Brasil. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
ANTUNES, Paulo de Bessa. Federalismo e proteção do meio ambiente: o papel do federalismo cooperativo. Revista Direito das Políticas Públicas, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 59-91, jul./ dez. 2019.
ATAIDE JÚNIOR, Vicente de Paula Ataide. Direito Animal e Constituição. Revista Brasileira de Direito e Justiça, v. 4, n. 1, p. 13-68, jan./dez. 2020.
ATAIDE JÚNIOR, Vicente de Paula Ataide. Introdução ao Direito Animal Brasileiro. Revista Brasileira de Direito Animal, Salvador, v. 13, n. 3, p. 48-76, set./dez. 2018.
BARATELA, Daiane Fernandes. Ética Ambiental e proteção do Direito dos Animais. Revista Brasileira de Direito Animal, Salvador, v. 9, n. 16, p. 73-95. mai./abr. 2014.
BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo: os conceitos fundamentais e a construção do novo modelo. São Paulo: Saraiva, 2021.
BOLÍVIA. Constituición del Estado Plurinacional de Bolivia. 2009. Disponível em: https://www.oas.org/dil/esp/constitucion_bolivia.pdf. Acesso em: 20 jun. 2023.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 15 jun. 2023.
BRASIL. Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp140.htm. Acesso em: 20 jun. 2023.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça (2. Turma). Recurso Especial n. 1.797.175/SP. Relator: Min. Geraldo Og Nicéas Marques Fernandes. 21 de março de 2019. Disponível em: https://processo.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201800312300&dt_publicacao=13/05/2019. Acesso em: 20 jun. 2023.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça (4. Turma). Recurso Especial n. 1.713.167/SP. Relator: Min. Luis Felipe Salomão. 22 de maio de 2018. Disponível em: https://processo.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201702398049&dt_publicacao=09/10/2018. Acesso em: 20 jun. 2023.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Tema 145. Relator: Min. Luiz Fux. Leading Case: RE 586224. 2015. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=2616565&numeroProcesso=586224&classeProcesso=RE&numeroTema=145. Acesso em: 20 jun. 2023.
BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
EQUADOR. Constitución de la República del Ecuador. 2008. Disponível em: https://siteal.iiep.unesco.org/sites/default/files/sit_accion_files/siteal_ecuador_6002.pdf.Acesso em: 20 jun. 2023.
FARIAS, Talden Queiroz. A competência administrativa dos Municípios em matéria ambiental: análise de contribuição da Lei Complementar n 140/2011 para a efetividade da proteção do meio ambiente pelos entes locais. 2016. 375 f. Tese (Doutorado em Direito da Cidade) – Faculdade de Direito, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.
FELIPE, Sônia Teresinha. Antropocentrismo, sencientismo e biocentrismo: perspectivas éticas abolicionistas, bem-estaristas e conservadoras e o estatuto de animais não-humanos. Páginas de Filosofia, v. 1, n. 1, p. 2-30, jan./ jul. 2009.
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de direito ambiental brasileiro. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2021.
LEVAI, Laerte Fernando. Ética Ambiental Biocêntrica: pensamento compassivo e respeitoso à vida. Jus Humanum: Revista Eletrônica de Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade Cruzeiro do Sul. São Paulo, v. 1, n. 1, p. 7-20. jul./dez. 2011.
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 12 ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
NACONECY, Carlos Michelon. Ética & animais: um guia de argumentação filosófica. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006.
NAESS, Arne. The Deep Ecological Movement. In: BHASKAR, Roy; HOYER, Karl G.; NAESS, Petter (Org.) Ecophilosophy in a World of Crisis: Critical Realism and the Nordic Contributions. Nova York: Routledge, p. 84-98. 2011.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos dos Animais de 1978. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/direitosdosanimais/files/2018/10/DeclaracaoUniversaldosDireitosdosAnimaisBruxelas1978.pdf. Acesso em: 20 jun. 2023
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração de Estocolmo sobre o Ambiente Humano. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2167.pdf. Acesso em: 20 jun. 2023.
PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e o direito constitucional internacional. 18. ed. Saraiva: São Paulo, 2018.
QUADROS, Alinne. Publicado acórdão que reconhece capacidade de cães serem partes em processo. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, 2021. Disponível em: Acesso em: 21 dez. 2021.
RAMMÊ, Rogério Santos. Federalismo ambiental cooperativo e mínimo existencial socioambiental: a multidimensionalidade do bem-estar como fio condutor. Veredas do Direito, Belo Horizonte, v. 10, n. 20, p. 145-161, jul./dez. 2013.
REGAN, Tom. Jaulas vazias: encarando o desafio dos direitos animais. Porto Alegre: Lugano, 2006.
SARLET, Ingo Wolfgang; FENSTERSEIFER, Tiago. Algumas notas sobre a dimensão ecológica da dignidade da pessoa humana e sobre a dignidade da vida em geral. Revista Brasileira de Direito Animal, v. 2, n. 3, jul. dez. 2014.
SARLET, Ingo Wolfgang; FENSTERSEIFER, Tiago. Curso de Direito Ambiental. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2021.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 25 ed. São Paulo: Malheiros, 2005.
SINGER, Peter. Libertação animal: o clássico definitivo sobre o movimento pelos direitos dos animais. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.
STOPPA, Tatiane; VIOTTO, Thaís Boonem. ANTROPOCENTRISMO X BIOCENTRISMO: Um Embate Importante. Revista Brasileira de Direito Animal, Salvador, v. 9, n. 17, p. 119-133. set./dez. 2014.
TOLENTINO, Zelma Tomaz; OLIVEIRA, Liziane Paixão Silva. Pachamama e o Direito à vida: uma reflexão na perspectiva do novo constitucionalismo latino americano. Veredas do Direito: Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, v. 12, n. 23, p. 23-23, jan./jun. 2015.
ZAFFARONI, Eugenio Raúl. La Pachamama y el humano. 1. ed. Buenos Aires: Colihue, 2011.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Ciências Sociais Aplicadas em Revista

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.