O conflito pela água na comunidade de Uiraponga (Morada Nova /Ce):

um contexto de lutas e esperança

Autores

  • Ariel Rocha Nóbrega de Castro Universidade Estadual do Ceará
  • Thainá Ramos Queiroz Mourão Universidade Estadual do Ceará
  • Ingrid Gomes da Silva Universidade Estadual do Ceará
  • Camila Dutra dos Santos Universidade Estadual do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.48075/geoq.v14i02.26893
Agências de fomento
Ministério da Educação - MEC, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES

Palavras-chave:

Apropriação da Água, Obras Hídricas, Eixão das Águas, Conflito pela água

Resumo

No bojo do capitalismo, devido, principalmente, à apropriação capitalista da natureza, o surgimento de conflitos socioambientais é comum, povos lutam por acesso ou mesmo pela manutenção de bens naturais que o capital ameaça. Dentre esses conflitos, temos subdivisões. No nosso artigo, trabalharemos uma delas, os conflitos pela água. O estudo a seguir objetiva analisar o conflito pela água na comunidade de Uiraponga em Morada Nova/CE, que ocorreu por falta de acesso dos moradores à água da obra hídrica Eixão das Águas. Para isso, como procedimento metodológico realizou-se levantamento bibliográfico e documental associado a trabalhos de campo na comunidade de Uiraponga e em órgãos governamentais relacionados à gestão das águas; e usaram-se também geotecnologias para a confecção de mapas. A partir do percurso metodológico, foi possível obter os seguintes resultados: provou-se que o conflito pela água é uma subdivisão dentro dos conflitos socioambientais; constatou-se que as grandes obras hídricas no Ceará objetivam atender, principalmente, aos interesses do capital em detrimento dos do camponês; e concluiu-se que o conflito pela água em Uiraponga surgiu não só devido à falta de acesso à água, mas também porque os moradores têm uma forma de compreender a água diferenciada da forma capitalista.

Biografia do Autor

Ariel Rocha Nóbrega de Castro, Universidade Estadual do Ceará

Bacharel em Geografia, e Mestrando do Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Estadual do Ceará, como bolsista CAPES. Pesquisador do Grupo de Pesquisa e Articulação Campo, Terra e Território - NATERRA/CNPQ. É vinculado ao Laboratório de Estudos do Campo, Natureza e Território - LECANTE.  Com experiência na área de Geografia Humana, com ênfase em Geografia Agrária, e ambiental, nos seguintes temas: conflitos socioambientais, conflitos territoriais, e ecologia política.

Thainá Ramos Queiroz Mourão, Universidade Estadual do Ceará

Bacharel em Geografia e Mestranda do Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Estadual do Ceará, como bolsista FUNCAP. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa e Articulação Campo, Terra e Território - NATERRA/CNPQ. É vinculada ao Laboratório de Estudos do Campo, Natureza e Território - LECANTE.  Tem experiência na área de Geografia Humana, com ênfase em Geografia Agrária, com os seguintes temas: Política hídrica, Geopolítica de águas, Conflitos territoriais, Tecnologias sociais e Agroecologia.

Ingrid Gomes da Silva, Universidade Estadual do Ceará

Mestra em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação (ProPGeo/UECE). Foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Possui Graduação em Geografia/Bacharelado pela Universidade Estadual do Ceará - UECE. Atualmente, cursa Geografia/Licenciatura na UECE. Especialista em Gestão de Políticas Públicas e Sociais pela Faculdade Única - PROMINAS. Integra o Grupo de Pesquisa "Sistemas técnicos e espaço" certificado pelo CNPq. É vinculada ao Laboratório de Estudos do Campo, Natureza e Território - LECANTE. É vinculada ao Grupo de pesquisa e Articulação Campo, Terra e Território - NATERRA. Atua principalmente em áreas relacionadas à Geografia, com ênfase em estudos urbanos, epistemologia da geografia, tempo-espaço, reestruturação socioespacial, desigualdades socioespaciais, políticas públicas.

Camila Dutra dos Santos, Universidade Estadual do Ceará

Doutora, Mestre e Graduada em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Professora adjunta e Coordenadora dos Cursos de Geografia (Licenciatura e Bacharelado) da UECE. Coordenadora do NATERRA - Grupo de Pesquisa e Articulação Campo, Terra e Território (UECE/CNPq), do LECANTE - Laboratório de Estudos do Campo, Natureza e Território (UECE). Conselheira do Instituto Terramar de Pesquisa e Assessoria à Pesca Artesanal. Tem experiência em pesquisa na área de Geografia Humana, com ênfase em Geografia Agrária, atuando principalmente nos seguintes temas: questão agrária, comunidades e povos tradicionais, conflitos territoriais e socioambientais, agricultura camponesa, impactos do agronegócio, resistências à territorialização do capital no campo, relação campo-cidade.

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Publicado

28-09-2021

Como Citar

CASTRO, A. R. N. de; MOURÃO, T. R. Q.; SILVA, I. G. da; SANTOS, C. D. dos. O conflito pela água na comunidade de Uiraponga (Morada Nova /Ce):: um contexto de lutas e esperança. Geografia em Questão, [S. l.], v. 14, n. 2, 2021. DOI: 10.48075/geoq.v14i02.26893. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/geoemquestao/article/view/26893. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos