EFEITOS DA EDUCAÇÃO SOBRE A RENDA: DISPARIDADES REGIONAIS
DOI:
https://doi.org/10.48075/revex.v16i2.18349Palavras-chave:
Renda. Educação. Desigualdades.Resumo
Este estudo tem como objetivo analisar os efeitos da educação sobre os rendimentos médios da população brasileira, verificando possíveis desigualdades de renda nas cinco regiões geográficas do país. Este estudo diferencia-se, tendo a intenção de analisar a relação das variáveis para cada região do Brasil, controlando efeitos de gênero, raça e setor de atuação por meio de dummies em regressões OLS. Os resultados encontrados destacam a importância da educação para a melhoria de renda média dos trabalhadores, porém percebe-se desigualdade de rendimentos conforme a região, gênero, cor/raça e setor de atuação profissional, identificando-se a presença de discriminação, tanto racial, quanto de gênero no mercado de trabalho brasileiro. As principais contribuições teóricas são pertinentes à à gestão de pessoas, diante da carência de estudos neste tema. As contribuições práticas destacadas são direcionadas aos empresários, como subsídios para contratação de pessoas, especificamente na seleção, gestão de competências e remuneração, ainda há contribuições de caráter econômico-social, podendo os resultados deste estudo servirem de subsídio para formulação de politicas públicas visando a redução de desigualdades.
Referências
ALEJO, J. Educación y Desigualdad: una metodología de descomposición basada en dos interpretaciones de la ecuación de Mincer. Evidencia para Argentina. XLVII Reunión Anual de la Asociación Argentina de Economía Política. Anais… Trelew, Argentina, 2012.
ALEJO, J., GABRIELLI, M. F., & SOSA-ESCUDERO, W. The Distributive Effects of Education: An Unconditional Quantile Regression Approach. Revista de Analisis Economico, v. 29, n. 1, 2014.
ALTONJI, J. G., & REBECCA M. B. “Race and Gender in the Labor Market.” In Handbook of Labor Economics, v. 3, edit Orley Ashenfelter and David Card, p. 3143–3259. Amsterdam: Elsevier. 1999.
ARROW, K. J. Higher education as a filter. Journal of Public Economics, v. 2, p. 193-216, 1973.
BECKER, G. Investment in Human Capital: A Theoretical Analysis. Journal of Political Economy, v. 70, n. 5, p. 9–49, 1962.
BLINDER, A. S. Wage discrimination: reduced form and structural estimates. Journal of Human Resources, p. 436–455, 1973.
BLOM, A., HOLM-NIELSEN, L, & VERNER, D. Education, earnings, and inequality in Brazil, 1982-1998: implications for education policy. Peabody journal of education, v. 76, p.180-221, 2001.
BOURDIEU, P. Escritos de Educação: Pierre Bourdieu. Petrópolis: Vozes. 2007.
BOURGUIGNON, F., FERREIRA, F. H.G., & LUSTIG, N. The microeconomics of income distribution dynamics in East Asia and Latin America.Washington, D.C.: Oxford University Press and the World Bank, 2005.
BRASIL. IBGE. Pesquisa por amostra de domicílios contínua trimestral, 2016. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br> Acesso em: 27 nov. 2017.
BRASIL. Lei Federal nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília. 1990.
COUCH, K & DALY M. C. “Black–White Wage Inequality in the 1990s: A Decade of Progress.” Economic Inquiry, v. 40, n. 1, p. 31–41, 2002.
DINARDO, J., FORTIN, N. M., & LEMIEUX, T. Labor market institutions and the distribution of wages, 1973-1992: A Semiparametric Approach. Econometrica, v. 64, n. 5, p. 1001-1044, 1996.
DOUGLAS, J. H. & STEINBERGER, M. D. (2015). The Sexual Orientation Wage Gap for Racial Minorities. Industrial Relations. A Journal of Economy and Society, 54(1), 59–108.
FIRPO, S., FORTIN, N., & LEMIEUX, T. Unconditional Quantile Regressions. Econometrica. v. 77, n. 3, p. 953–973, 2009.
FRYER R. G. JR. “Racial Inequality in the 21st Century: The Declining Significance of Discrimination.” Handbook of Labor Economics, v. 4, p. 855–971, 2011.
GLUSCHENKO, K. P. Studies on Income Inequality among Russian Regions. Regional Research of Russia, v. 1, n. 4, p. 319–330, 2011.
HOOVER, G. A. & YAYA, M. E. Racial/Ethnic Differences in Income Inequality Across US Regions. Rev Black Polit Econ, v. 37, p. 79–114, 2010.
HOUT, M. Social and economic returns to college education in the United States. Annual Review of Sociology, v. 38, p. 379–400, 2012.
HUSSEY, A. Human capital augmentation versus the signaling value of MBA education. Economics of Education Review, v. 31, n. 4, p. 442–451, 2012.
INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Sinopse Estatística da Educação Superior 2015. Brasília: Inep. 2016. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/sinopses-estatisticas-da-educacao-superior>Acesso em: 16 jul. 2017.
JERRIM, J., MACMILLAN, L. GGC: Is Education the Key? Social Forces, v. 94, n. 2, p. 505–53, 2015.
LANG, K., LEHMANN, J., & YEON, K. Racial discrimination in the labor market: Theory and empirics. Journal of Economic Literature, v. 50, n. 4, p. 959–1006, 2012.
LEITE, P. G. Race discrimination or inequality of opportunities: The Brazilian case. Ibero America Institute for Econ. Research (IAI) Discussion Papers. 2005.
MENEZES-FILHO, N.; FERNANDES, R.; & PICCHETTI, P. Educação e queda recente da desigualdade no Brasil. In: Barros, R. P.; Foguel, M. N.; Ulyssea, G. (orgs). Desigualdade de Renda no Brasil: Uma Análise da Queda Recente. Brasília: Ipea, v. 2, 2007.
MERTENS, A. & RÖBKEN, H. Does a doctoral degree pay off? An empirical analysis of rates of return of German doctorate holders. Higher Education, v. 66, n. 2, p. 217–231, 2013.
MINCER, J. Schooling, experience and earnings. Columbia University Press. 1974.
MORA, R. A nonparametric decomposition of the Mexican American average wage gap. Journal of Applied Econometrics, v. 23, n. 4, p. 463–485, 2008.
OAXACA, R. L., & RANSOM, M. R. On discrimination and the decomposition of wage differentials. Journal of Econometrics, v. 61, n. 1, p. 5–21, 1994.
OAXACA, R. Male-female wage differentials in urban labor markets. International Economic Review, p. 693–709, 1973.
OECD. “Growing Income Inequality in OECD Countries: What Drives It and How Can Policy Tackle It?” OECD Forum on Tackling Inequality. 2012. Disponível em: <http://www.oecd.org/els/socialpoliciesanddata/47723414.pdf> Acesso em: 15 jul. 2017.
RODRÍGUEZ-POSE, A. & TSELIOS, V. Education and income inequality in the regions of the european union. Journal of Regional Science, v. 49, n. 3, p. 411–437, 2009.
SALARDI, P. The Evolution of Gender and Racial Occupational Segregation Across Formal and Non‐Formal Labor Markets in Brazil, 1987 to 2006. The Review of Income and Wealth, v. 62, n. 1, p. S68–S89, 2014.
STIGLITZ, J. E. The theory of “screening,” education, and the distribution of income. The American Economic Review, v. 65, n. 3, p. 283–300, 1975.
WEISS, A. Human Capital vs. Signalling Explanations of Wages. Journal of Economic Perspectives, v. 9, n. 4, p. 133–154, 1995.
WORLD BANK. “World Development Indicator 2011” World Bank, Washington DC. 2011. Disponível em: <https://data.worldbank.org/data-catalog> Acesso em: 10 ago. 2017.
WORLD BANK. “World Development Indicator 2014” World Bank, Washington DC. 2014. Disponível em: <https://data.worldbank.org/data-catalog> Acesso em: 10 ago. 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.