PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS PARA LEGITIMAÇÃO ORGANIZACIONAL NO TERRITÓRIO: A OPÇÃO ENTRE A PERSPECTIVA DA ECONOMIA AMBIENTAL OU DA ECONOMIA ECOLÓGICA /SUSTAINABLE PRACTICES FOR ORGANIZATIONAL LEGITIMATION IN THE TERRITORY: THE CHOICE BETWEEN THE ENVIRONMENTAL ECONOMY OR THE ECOLOGICAL ECONOMY PERSPECTIVE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/igepec.v26i3.29777
Agências de fomento
CAPES

Palavras-chave:

Desenvolvimento Sustentável, Economia Ambiental, Economia Ecológica, Divulgação de Práticas Sustentáveis, Teoria da Legitimidade

Resumo

As organizações tem adotado um novo estilo de gestão e divulgação de suas práticas sustentáveis para seus públicos de interesse, combinando eficiência econômica, responsabilidade social e ambiental, para serem percebidas como legítimas na sociedade. O objetivo da pesquisa foi analisar como duas empresas de grande porte do COREDE Missões/RS divulgam as práticas sustentáveis adotadas, sob as perspectivas das Economias Ambiental e Ecológica. Ambas desenvolvem medidas de prevenção e recuperação ambiental, por exigência legal, do mercado ou por gestão estratégica, caracterizando assim noção do contrato social existente entre as empresas e a sociedade. Os achados da pesquisa evidenciam uma preocupação com o meio ambiente muito mais voltada ao desenvolvimento sustentável do modelo tipicamente capitalista, hegemônico, antropocêntrico do que no sentido contrário, do ecodesenvolvimento e a divulgação aos stakeholders reforça muito mais o caráter de marketing institucional de cumprimento às normas e leis impostas do que a efetiva consciência de sustentabilidade ambiental.

Abstract: Organizations had adopted a new style of management and disclosure of their sustainable practices with their stakeholders, one that combines economic efficiency, social and environmental responsibility, so that they are perceived as legitimate in society. The research objective was to analyze how two large companies in COREDE Missões/RS are disclosing the sustainable practices adopted in order, under the perspectives of Environmental Economics or Ecological Economics. Both develop measures of environmental prevention and recovery, by legal requirement, market or strategic management, thus characterizing the notion of the existing social contract between companies and society. The research findings show a concern with the environment that is much more focused on sustainable development of the typically capitalist, hegemonic, anthropocentric model, than in the opposite direction, of ecodevelopment and the disclosure to stakeholders reinforces much more the character of institutional marketing of compliance with imposed norms and laws than the effective awareness of environmental sustainability.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Berenice Beatriz Rossner Wbatuba, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI

Bel. em Ciências Contábeis e Administração de Empresas, Mestra em Desenvolvimento, Gestão e Cidadania (UNIJUÍ), Dra. em Desenvolvimento Regional (UNISC).

Daniel Claudy da Silveira, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí

Economista, Mestre em Economia e Desenvolvimento (UFSM), Dr. em Desenvolvimento Regional (UNISC)

Cidonea Machado Deponti, Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC

Economista, Mestra em Integração Latinoamericana (UFSM), Dra. em Desenvolvimento Rural (UFRGS)

Silvio Cezar Arend, Universidade de Santa Cruz do Sul

Economista

Ms. em Economia Rural (IEPE/UFRGS)

Dr. em Economia (CPGE/UFRGS)

Referências

ATLAS SOCIEOCONÔMICO DO RIO GRANDE DO SUL. Secretaria do Planejamento, Governança e Gestão. Porto Alegre: Secretaria do Planejamento, Governança e Gestão, Departamento de Planejamento Governamental, 2018. Disponível em: https://atlassocioeconomico.rs.gov.br/upload/arquivos/201611/25155752-mapa-corede-missoes-2010.pdf Acesso em 20/set/2022.

BARBIERI, J. C. Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São Paulo: Saraiva, 2007.

BRAGA, C. Contabilidade Ambiental: Ferramenta para a Gestão da Sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2009.

CAVALCANTI, C. (org.) Desenvolvimento e natureza: estudos para uma socieddade sustentável.São Paulo: Cortez, Editora, 2001.

COOPERS, P. W. Integral Business: integrando sustentabilidade e estratégia de negócios. São Paulo: Atlas, 2003.

CHRISTOFOLETTI, A. L. H.; CHRISTOFOLETTI, A.; GARCIA, J. P. M.; TAVARES, A. C.; Critérios para Estabelecer Indicadores Geográficos na Análise da Sustentabilidade Ambiental. In: I Congresso Brasileiro de Organização do Espaço e X Seminário de Pós-Graduação em Geografia da UNESP Rio Claro. São Paulo, 2010.

DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.

ETGES, V. E. Desenvolvimento Regional Sustentável: o território como paradigma. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2005.

GONÇALVES, A., DESIDERIOI, A., & GUTIERREZ, G. L. A Responsabilidade Social das Empresas. ORG & DEMO, V.7 N 1/2- Jan-Jun; Jul-Dez, 2006.

KRAEMER, M. P. Disponível em. http://www.gestiopoli.com/canales5/fin/resocial.htm. Acesso em 05 de 05 de 2005.

LINDBLOM, C. The implications of organizational legitimacy for corporate social performace and disclosure. Critical Perspectives on Accounting Conference, s/n, 1994.

MACHADO, P.A.L. Direito Ambiental Brasileiro. 10 Ed. Revista Atual. Ampli.São Paulo: Malheiros, 2002.

MEYER, M. Gestão ambiental no setor mineral: um estudo de caso. Dissertação (Mestrado em Engenharia da Produção). Florianópolis, Santa Catarina, 2000.

MONTIBELLER-FILHO, G. O mito do desenvolvimento sustentável. Florianópolis: Editora UFSC, 2008.

O'DONOVAN, G. Environmental disclosures in the annual report: Extending the applicability and predictive power of legitimacy theory. Accounting, auditing and accountability Journal, 2002, 344-371.

OLIVEIRA, N. M. Revisitando algumas teorias do desenvolvimento regional. Informe GEPEC, Toledo, v. 25, n.1, p. 203-219, jan./jun. 2021. Disponível em https://saber.unioeste.br/index.php/gepec/article/view/25561 Acesso em 20/set/2022.

ROMEIRO, A. R. Economia ou economia política da sustentabilidade. In: Economia do meio ambiente: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

SANTANA, A. Three Elements of Stakeholder Legitimacy. J. Bus Etchis, 2012, 257-265.

SACHS, I. Estratégias de transição para o século XXI. In: BURSZTYN, M. Para Pensar o Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Brasiliense, 1993. p. 29-56.

_____________. Desenvolvimento: includente, sustentável, sustentado. Rio de Janeiro: Editora Garamond, 2004.

_____________. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Editora Garamond, 2009.

SILVA, M. L. A.; LUCAS, M. M. B. e PINTO, L. M. R. B. Startups da floresta, negócios de impacto e a sustentabilidade na Amazônia. Informe GEPEC, Toledo, v. 26, n.2, p.30-49, jul./dez. 2022. Disponível em https://saber.unioeste.br/index.php/gepec/article/view/28223 Acesso em 20/set/2022.

SHOCHER, A., & PRAKASH SETHI, S. An approach to incorporating societal preferences in developing corporate action strategies. California Management Review, 1973, p.97-105.

SOUZA, R. S. Entendendo a questão ambiental: temas de economia, política e gestão do meio ambiente. Santa Cruz do Sul, EDUNISC, 2000.

SUCHMAN, M. Managing Legitimacy: Strategic and Institutional Approaches. Academy of Management Review, 1995,571-610.

TRIGUEIRO, A. Meio ambiente no século XXI. Rio de Janeiro: Sextame, 2003.

VERGARA, S. C. Projetos e Relatórios em Administração. São Paulo: Atlas, 2015.

WBATUBA, B. B. R; SILVEIRA, D. C.; ORTIZ, L. C. V.; MELLO, R. M. de. Plano Estratégico de Desenvolvimento da Região das Missões. Santo Ângelo: FuRI, 2017.

WISEMAN, J. (1982). An evaluation of environmental disclosures made in corporate Annual Reports Accounting. Organizations and Society, 1982, p.53-63.

Downloads

Publicado

21-11-2022

Como Citar

WBATUBA, B.; SILVEIRA, D.; DEPONTI, C.; AREND, S. C. PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS PARA LEGITIMAÇÃO ORGANIZACIONAL NO TERRITÓRIO: A OPÇÃO ENTRE A PERSPECTIVA DA ECONOMIA AMBIENTAL OU DA ECONOMIA ECOLÓGICA /SUSTAINABLE PRACTICES FOR ORGANIZATIONAL LEGITIMATION IN THE TERRITORY: THE CHOICE BETWEEN THE ENVIRONMENTAL ECONOMY OR THE ECOLOGICAL ECONOMY PERSPECTIVE . Informe GEPEC, [S. l.], v. 26, n. 3, p. 144–165, 2022. DOI: 10.48075/igepec.v26i3.29777. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/gepec/article/view/29777. Acesso em: 2 maio. 2024.